As promessas de distribuição de renda e criação de emprego, feitas pelo governo, não passam de pura fantasia. Em 2004, houve uma pequena queda no índice de desemprego, bastante insuficiente para incluir as novas gerações que ingressam no mercado de trabalho. Além disso, a maior parte dos empregos criados são precários, ou seja, sem registro na Carteira de Trabalho e, portanto, com salários menores e sem direitos trabalhistas. De acordo com o IBGE, o subemprego cresceu 19% em 2004.
O resultado foi uma queda abrupta do nível médio de renda dos trabalhadores.

Segundo a pesquisa da Seade-Dieese, a renda dos trabalhadores, na região metropolitana de São Paulo, é a pior desde 1985, ano em que começou a ser realizada a pesquisa. De janeiro do ano passado a janeiro de 2005, foi registrada uma queda de 4,9% do nível de renda. Isso acontece em função da chamada rotatividade no trabalho, isto é, demissões entre salários mais altos e contratações de trabalhadores por salários mais baixos. O índice de rotatividade das empresas paulistas é, em média, de 33%, mas, em algumas regiões, chega a 60%.

Apesar de toda a propaganda petista sobre o crescimento econômico (uma delas, veiculada em alguns estados, diz que o emprego “tá na área de novo”), a pesquisa do Dieese revela que, na Grande São Paulo, o desemprego começou a crescer novamente, passando de 16,7% para 17,1%, o que significa que 1.687 milhão de pessoas estão sem ocupação.

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