A reconstrução do Iraque está orçada pela USAID (Agência norte-americana para o desenvolvimento) em US$ 100 bilhões. Antes mesmo de terminar a guerra, a camarilha governista, para assombro da própria burguesia americana e perplexidade dos governos europeus, já repartiam entre suas próprias empresas, contratos milionários. Veja algumas das empresas e suas relações com o alto comando de Bush:

Bechtel Corp.(BTP)
Construtora da Califórnia. Receberá US$ 680 milhões para obras de engenharia. O principal executivo desta empresa é George Schultz, ex-secretário de Estado e atual membro da “Junta de libertação do Iraque” órgão consultivo criado por Bush com a tarefa de coordenar as tarefas de “reconstrução do Iraque”.

Kellogg Brown & Floot (KBR)
Empresa de construção. Terá contratos no valor de US$ 1 bilhão. Esta empresa é uma subsidiária da Halliburton pertencente ao vice presidente Cheney, que atualmente já controla parte dos poços de petróleo do Iraque.

Dennys Corp.
Empresa especializada em ações para-militares, sob o disfarce de empresa de segurança, contratada para ajudar a “manter a ordem” no Iraque. Com um contrato de 50 milhões de dólares, este tipo de empresa é agora uma das meninas dos olhos do Pentágono, grupos de mercenários como estes já atuaram na ex Iuguslávia e na África como parte das tropas de ocupação dos EUA.
E tudo dentro da “legalidade”

Este latrocínio (assalto seguido de morte) será pago com o petróleo. Bush exigiu da ONU levantar o embargo que impedia a venda do petróleo, e com o respaldo da França o Conselho de Segurança “liberou” o petróleo do Iraque. Enquanto o petróleo não jorra nos mercado, o dinheiro iraquiano controlado pela ONU paga os “gastos” atuais e os EUA se apropriaram dos fundos do governo iraquiano “retidos” nos bancos americanos.

Este “gesto de boa vontade” da França e Alemanha, foi seguida de uma declaração destes mesmos governos na cúpula da União Européia em Atenas, de reconhecimento da ocupação em troca da participação de suas empresas na “reconstrução”.
Os EUA se mantiveram fiel ao ditado “Roma não paga traidores”: as empresas norte-americanas ficarão com 95% dos contratos e 5% serão distribuídos entre os demais países.

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