Um grupo de 4 brasileiros de origem árabe viajou na última sexta-feira, 13 de maio, para rever seus familiares na Palestina ocupada. Sua ida coincidiu com as manifestações pacíficas lembrando a Nakba (Catástrofe, como é definida a data da criação do Estado de Israel em 15 de maio de 1948). Mas a pequena comitiva, formada por Soraya Misleh, Hasan Zarif, Muhamad Kadri e Ibrahim Hammoud foi barrada na fronteira da Jordânia.

Os brasileiros permaneceram sete horas nas salas de interrogatório da polícia israelense, isolados uns dos outros. Sofreram ameaças e todo tipo de intimidação, em uma prática comum dispensada a descendentes de árabes e ativistas de movimentos sociais.

Após o constrangimento de revistas pessoais e das bagagens, receberam de volta os passaportes com o carimbo de entrada negada, sem nenhuma explicação, sendo apenas instruídos a regressarem à Jordânia. Passaram mais algum tempo em uma sala, aguardando um ônibus que os levaria dali. Ao todo, permaneceram quase dez horas apenas com um copo de água e algumas bolachas.

Hoje, 17, o grupo irá à embaixada brasileira de Amã denunciar os maus-tratos e abusos de que foram vítimas, exigindo do governo providências após a atitude arbitrária de Israel contra cidadãos brasileiros tratados como criminosos.

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