Delegação vai exigir a retirada das tropas de ocupação da ONU do paísUma nova delegação visita o Haiti para reforçar a solidariedade à luta daquele povo e exigir a imediata retirada das tropas de ocupação da ONU (Organização das Nações Unidas). Desta vez, será na semana do 1º de Maio, data que historicamente simboliza a luta dos trabalhadores. Outras delegações já estiveram no Haiti com o mesmo objetivo: levar solidariedade ao povo haitiano e reafirmar o compromisso da luta pela retirada das tropas de ocupação do país.

A delegação é parte de uma iniciativa de várias entidades para exigir do governo brasileiro a retirada das tropas do Haiti. A delegação é composta por Antonio Lisboa de Souza, primeiro vice-presidente do Andes-SN; José Geral Correa Júnior, o Geraldinho, vice-presidente da Apeoesp; Júlio César Soares, ativista do Sepe-RJ e militante do movimento negro. A delegação brasileira permanece no Haiti de 27 de abril a 3 de maio.

Campanha permanente
A campanha “Fora Tropas Brasileiras do Haiti” promoverá, no mês de junho, a vinda de uma delegação de representantes dos movimentos sociais do Haiti. Nesse período, serão realizadas palestras, debates e manifestações para discutir o direito do povo haitiano à autodeterminação e a imediata retirada das tropas de ocupação a serviço do imperialismo e de seus negócios. A campanha também pretende discutir com o Congresso Nacional a realização de uma audiência pública para debater o tema.

Em junho, a ocupação do Haiti pelas tropas da ONU, comandada pelo governo brasileiro, completa cinco anos. No amanhecer de 1° de junho de 2004, soldados brasileiros desembarcaram no país mais pobre da América Latina para iniciar uma vergonhosa ocupação colonial. “Fora iniciada a Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah)”, orgulha-se o site do Exército Brasileiro. Desde então, o povo haitiano está enfrentando uma situação de enorme gravidade, submetido a abusos e à violência das tropas ocupantes.

O efetivo militar foi enviado a pedido de Bush e, desde então, vem reprimindo as mobilizações populares, a ação de grupos insurgentes e protegendo o governo fantoche do presidente René Préval.

Essas iniciativas foram discutidas por várias organizações sindicais, sociais e populares brasileiras, latino-americanas e do Haiti durante atividade realizada no Fórum Social Mundial, em fevereiro último, em Belém.

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