Ele pretendia participar de manifestações de apoio à causa palestina, um ano após os ataques na Faixa de GazaO brasileiro Nilo Mendes, assessor do Sindipetro – RJ (Sindicato dos Trabalhadores na Industria do Petróleo do Estado do Rio de Janeiro), teve sua circulação cerceada no Egito, o que viola princípios do direito internacional.

O brasileiro chegou no dia 26 de dezembro na cidade do Cairo e pretendia participar de manifestações de apoio à causa palestina que pedem o fim do bloqueio militar às regiões da Cisjordânia e da Faixa de Gaza.

Na madrugada do dia 2 de janeiro Nilo fez um contato com o diretor do sindicato dos petroleiros (Sindipetro- RJ ), Emanuel Cancella, do hotel Karvin, no Cairo, capital do Egito. Na ocasião, parecia nervoso e preocupado com sua segurança. Somente nesta segunda feira, 4 de janeiro, foi possível restabelecer contato com ele que fez um relato mais detalhado dos fatos.

No dia primeiro de janeiro, o brasileiro estava viajando de taxi em direção a cidade de Lariza, que fica a seis horas do Cairo, quando foi parado por militares num posto de verificação. Depois disso, teve seus documentos aprendidos e ficou retido por cerca de quatro horas, enquanto os militares averiguavam seus documentos em conjunto com oficiais à paisana do serviço de fronteiras. Depois, o brasileiro foi mandado de volta para o Cairo. Nilo teria sido ameaçado com a orientação de não voltar a Lariza, sem nenhuma justificativa.

Frente a essa situação, Nilo se dirigiu à embaixada do Brasil no Egito, que confirmou o entendimento de que a ação do exército egípcio desrespeita os princípios do direito internacional, uma vez que o brasileiro entrou no país com toda documentação regular e teve sua liberdade de ir e vir cerceada sem nenhuma justificativa legal.

Nilo pretende agora acionar legalmente o estado egípcio por perdas e danos. Por conta do cerceamento que sofreu, ele teve que antecipar sua volta para o Brasil, que agora está prevista para o próximo dia 7 de janeiro.