Foto: Camila Chaves

Nesta terça-feira, 17, dia de Copa do Mundo e de disputa entre as seleções do Brasil e do México, centenas de jovens e trabalhadores estiveram nas ruas de Fortaleza e, de forma organizada, compuseram um ato político e sufocaram o enorme aparato repressivo que vinha sendo preparado para a ocasião. Há quase um ano, a seleção brasileira entrava em campo para enfrentar o México na mesma Arena Castelão. Naquela época, cerca de 80 mil pessoas compareceram no entorno do estádio para uma manifestação que acabou sendo duramente reprimida pelas forças policiais. 

Nas ruas de Fortaleza, diversas entidades sindicais, populares, estudantis e movimentos sociais protestaram contra as injustiças cometidas para a realização de megaeventos como a Copa do Mundo da FIFA que, em sua edição no Brasil, contou com gastos de R$ 25,8 bilhões, sendo considerada a mais cara da história, chegando a custar mais que as edições da África do Sul e Alemanha juntas. Somente para as obras de reforma da Arena Castelão, foram gastos R$ 623 milhões pelo governo do Estado do Ceará. Por meio de uma parceria público-privada, além de custear todos os gastos com obras, paga ainda R$ 407 mil mensais às empresas Galvão Engenharia S/A e Andrade Mendonça Construtora pela administração do estádio.

Enquanto isso, quem paga o alto preço pelas injustiças são os trabalhadores e o povo pobre: foram milhares de famílias removidas de suas moradias, além da situação caótica nos serviços públicos que não contam com os investimentos necessários. Em luta, porém, diversas categorias se organizam na cidade na tentativa de arrancar conquistas dos governos e dos patrões. Os trabalhadores de um dos setores que mais cresce na economia cearense, a construção civil, podem entrar em greve no próximo dia 23 de junho caso não haja atendimento satisfatório às suas reivindicações por parte da patronal.

No dia em que o Brasil enfrentou novamente o México, na capital cearense, a militância do PSTU esteve nas ruas com a juventude e os trabalhadores organizados em suas entidades e movimentos sociais. Compondo uma forte coluna, com camisas, faixas e bandeiras, a manifestação seguiu pacífica, sufocando qualquer possibilidade de repressão pelo aparato descabido preparado pelos governos de plantão. Diante da greve de operários da construção civil que se avizinha na cidade, a manifestação serviu para mostrar ao mundo que, durante a Copa do Mundo, Fortaleza seguirá em luta.

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