O Brasil começou a ser uma espécie de submetrópole regional. Por um lado, é recolonizado pelas potências imperialistas e sofre o mesmo saque de riquezas que os outros países latino-americanos. Mas, ao mesmo tempo, atua como uma espécie de sócio menor na exploração de outros países mais fracos, recebendo, em troca, alguns migalhas maiores.
Por meio de concessões de exploração de petróleo e gás, a Petrobras, na Bolívia, controla 20% do PIB e 40% das exportações bolivianas. Atua como uma empresa imperialista: explora as riquezas e gera lucros fabulosos. Por isso, concorda totalmente com as petroleiras americanas em sua oposição à estatização dos hidrocarbonetos. Recentemente, ameaçou sair da Bolívia se não tivesse garantidos seus investimentos e sua rentabilidade. A influência econômica do Brasil não se limita ao setor de hidrocarbonetos: estima-se que 35% da produção de soja de Santa Cruz de la Sierra (a principal do país) seja propriedade de burgueses brasileiros.
O Brasil cumpre também um papel político e militar. Lula atua como bombeiro regional, colaborando para apagar incêndios, como no caso da Venezuela em 2002 e na própria Bolívia. Foi um braço armado auxiliar do imperialismo americano ao enviar soldados ao Haiti (junto com Argentina e Uruguai). Assim, Bush pôde mandar mais tropas para o Iraque. Os soldados brasileiros, disfarçados de tropas de paz da ONU, atuam como qualquer exército de ocupação: reprimem e violam os direitos humanos do povo haitiano.
Pela nacionalização da Petrobras na Bolívia
Em solidariedade à luta dos trabalhadores e camponeses bolivianos e denunciando o papel nefasto da Petrobras na Bolívia, o PSTU está fazendo uma campanha entre os trabalhadores e sindicatos no Brasil, propondo que aprovem as seguintes moções:
– Todo apoio à luta dos trabalhadores e camponeses bolivianos.
– Todo apoio à sua reivindicação de nacionalização do gás (incluindo a expropriação, sem indenização, da Petrobras e todas as multinacionais que atuam na Bolívia)
– Contra qualquer tentativa de dividira Bolívia.
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