Os países imperialistas têm sido responsáveis pela maior parte das emissões globais de gases do efeito estufa. Os Estados Unidos, por exemplo, respondem por mais de 30% de toda a emissão de gases que causam o aquecimento da Terra. No entanto, países “emergentes” como China, Índia e Brasil também se encontram entre os grandes emissores.

No Brasil, as maiores emissões são em razão das queimadas das florestas, provocadas pelo crescimento do agronegócio sobre a Amazônia e o cerrado. O avanço do setor encontrou um importante parceiro no governo Lula, que se expandiu graças a generosos financiamentos públicos.

O governo fala em biodiesel e na construção de hidroelétricas para combater a poluição. No entanto, isso vai provocar mais destruição. Lavouras de cana de açúcar avançam à custa da devastação de florestas. A submersão de florestas, causada por hidroelétricas, produz metano em virtude da decomposição orgânica. Um estudo do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa) mostrou que após a construção da barragem do Tucuruvi, no início dos anos 90, foram liberadas 1,2 milhão de toneladas de metano anualmente na atmosfera. O dado oferece uma tímida ideia do que virá com Belo Monte (ver página 10).

Também foi sob o governo Lula (durante o ministério “verde” de Marina Silva) que foi liberado o cultivo da soja transgênica, além das obras da transposição do rio São Francisco que visavam favorecer o agronegócio.

Como se não bastasse, Lula e Marina aprovaram leis que permitem alugar as florestas públicas brasileiras para empresas privadas e ONGs (Projeto de Gestão de Florestas Públicas).

O projeto colocou toda a biodiversidade da Amazônia brasileira à mercê dos empresários, inclusive dos estrangeiros.

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