O Bolsa Família é a grande vedete do governo no combate à desigualdade social. Cerca de 11 milhões de famílias recebem do programa uma quantia entre R$ 15 e R$ 95.

O Banco Mundial é um dos mais entusiastas defensores do Bolsa Família. Nos anos 90, sob a égide do neoliberalismo, privatizações, destruição de empregos, serviços públicos e aumento da miséria, essa instituição passou a recomendar esse tipo de política para “compensar” a pobreza produzida pela globalização.

A lógica é simples: programas como este representam gastos bem menores do que enviar dinheiro para o investimento em escolas, hospitais, Previdência e outros serviços públicos que ajudariam de forma mais eficiente a vencer a pobreza.

Mas os programas sociais compensatórios não resolvem os problemas estruturais da miséria e servem apenas para ocultar que o governo mantém o Brasil como um dos campeões da desigualdade. O programa tornou-se um formidável instrumento eleitoral, ao causar dependência de um setor da população ao pagamento do governo. Tenta-se comprar a consciência das parcelas mais pobre do povo, visando as eleições.
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