Nos dias 21 e 22 de abril, realizar-se-á no Tribunal do II Circuito Judicial da Zona Atlântica, Costa Rica, o julgamento contra o companheiro Orlando Barrantes.

Orlando é secretário-geral da CONATRAB, um sindicato que agrupa trabalhadores bananeiros (coletores) e camponeses. Também é presidente da Coordenação de Moradia `Teto para Costa Rica`, dirigente da Central Geral de Trabalhadores (CGT) e militante do Movimento de Trabalhadores e Camponeses. Desenvolve, além disso, atividades de assessoria a outros sindicatos e de colaboração com grupos de artesãos, comunidades que lutam por melhorar os serviços de saúde públicos, indígenas e grupos de mulheres solteiras chefes de família.

Barrantes foi acusado de realizar um fantasioso “seqüestro extorsivo“ de alguns policiais da tropa de choque durante uma greve na cidade de Limón, em dezembro de 2000. A acusação é ridícula e sem fundamento, mas mesmo assim o Ministério Público pediu uma pena de 60 anos de prisão.

A comissão que se formou em sua defesa e solidaridade assinala que, na Costa Rica, “é evidente o aumento de julgamentos contra dirigentes sindicais e comunitários. A recente condenação de um ano de prisão de Célimo Guido contra os cortes de estrada contra RITEVE deve ser uma voz de alerta para todos os que lutamos pelos pobres deste país“. Por outro lado, o que acontece em Costa Rica se repete no conjunto da América Latina com um crescimento constante da perseguição aos lutadores no que se vem chamando “criminalização dos conflitos sociais“.

Orlando recebeu correspondências de solidariedade e de rechaço ao julgamento a que é submetido, vindas de numerosas organizações sindicais, sociais e políticas da Costa Rica, América Latina e o mundo.

Perante o prazo iminente de realização do julgamento é urgente redobrar esta campanha contra a perseguição a este lutador costa-riquense e para impedir que seja aprisionado. As mensagens devem ser enviadas para [email protected].

Secretariado da LIT-QI