Marcha da Periferia no Capão Redondo
PSTU-SP

Lucas Antonio N. Simabukulo, do PSTU Zona Sul

Na madrugada do último sábado, dia 30 de novembro, a Polícia Militar de São Paulo promoveu uma repressão que impressionou pela covardia no “Baile da 17”, em Paraisópolis, Zona Sul da cidade. Estima-se que por volta de 5 mil pessoas frequentam o baile, onde infelizmente é comum a repressão do Estado. Mas nesse fim de semana, o uso de armas químicas, balas de borracha, tortura de pessoas dominadas e uma tática de encurralar os jovens nas vielas da favela tiveram como resultado lamentável pelo menos 9 mortes até o momento e diversos feridos.

O governador João Dória (PSDB) se pronunciou afirmando que “lamenta profundamente as mortes em Paraisópolis”. No entanto, em outubro de 2018, afirmou que a “polícia vai atirar para colocar no cemitérios”.  Portanto, o governador playboy tem as mãos sujas de sangue com as mortes promovidas sob seu comando em Paraisópolis.

Nas últimas décadas, passando por todos os governos – inclusive pelos do PT e a Lei Antidrogas de Lula, bem como a invasão da Minustah no Haiti – o Estado implementa sua política de guerra às drogas, genocídio e encarceramento do povo negro. Com Bolsonaro, a burguesia mostra sua verdadeira cara, sem máscaras, racista e opressora.

O PSTU presta toda a solidariedade às famílias dos jovens mortos e aos torturados da comunidade de Paraisópolis. Os negros e não negros da classe trabalhadora tem como tarefa a unidade na luta contra a repressão racista do Estado como fizemos recentemente na Marcha da Periferia no Capão Redondo, e a construção de uma sociedade sem racismo, uma sociedade socialista.

  • Punição aos responsáveis pela chacina de Paraisópolis!
  • Pela legalização das drogas!
  • Pela desmilitarização da PM! Que as comunidades elejam o comando da segurança!
  • Pelo direito à autodefesa das comunidades frente à repressão do Estado!
  • Contra a criminalização das comunidades, e por mais investimentos na cultura!