Nesta terça-feira, 30 de setembro, a categoria bancária realizou uma forte paralisação em todo o país. A mobilização teve inicio à meia-noite e foi decidida em assembléias que ocorreram em todas as bases sindicais.

A paralisação mais forte tem sido realizada na Caixa Econômica Federal, onde a participação atinge níveis altíssimos na maior parte do país. O Banco do Brasil também tem tido uma boa paralisação, mas com mais dificuldades, até por conta da truculência do Banco em vários lugares.

Os bancos privados estão com uma paralisação mais fraca, dependendo mais do apoio dos sindicatos. Mesmo assim, onde está havendo piquete há muita facilidade em parar o banco. A exceção é o Bradesco que está usando de interdito proibitório e polícia para bater duro nos bancários.

Em Curitiba (PR), o sindicato informou que foram fechados 141 locais envolvendo cerca de 8,5 mil bancários. Em São Paulo (SP), o sindicato informou que fecharam 220 locais com cerca de 10 mil bancários envolvidos.

Estes números das entidades, no entanto, são duvidosos, principalmente os de São Paulo. A APCEF/SP informou que na capital paulista, só na Caixa Federal, foram paralisados 202 locais sendo 11 áreas meio e 191 agências.

Rio, Brasília, Maranhão, Rio Grande do Norte e Bauru seguem firmes na greve
A estes estados podem se somar Tocantins, Bahia, Rio Grande do Sul, Pará e a cidade de Maringá (PR). Nestes lugares, avalia-se a possibilidade de prosseguir na greve a partir das assembléias desta terça, principalmente na Caixa Federal, onde a greve está mais forte.

Infelizmente, outras bases importantes estão sem possibilidade de discutir a continuidade da greve porque seus sindicatos não agendaram assembléias.

Sindicato de São Paulo dá golpe na base
Na assembléia do dia 29, o presidente do sindicato de São Paulo não queria a greve por tempo indeterminado. Porém ele não quis contar os votos na assembléia dividida sobre parar 24 horas ou fazer greve.

A Oposição propôs um acordo de fazer a paralisação e uma assembléia no final do dia para avaliar o movimento nacional e votar uma possível continuidade do movimento caso fosse um quadro favorável.

O presidente do sindicato não queria contar os votos e concordou com a proposta da Oposição, marcando a assembléia para as 19h do dia 30.

Hoje, dia 30 de setembro, o site e o jornal do sindicato saíram com a notícia de que a paralisação era só de 24 horas e que uma nova assembléia só aconteceria no dia 7 de outubro, ou seja, o sindicato rompeu o acordo feito publicamente.

Mas isso não foi o pior. O mais grave é que a diretoria publicou no seu site e no jornal que ela havia feito a proposta e que a Oposição é que não quis o acordo. E mais: que diante dessa recusa da Oposição, foi votado, por ampla maioria, que haveria paralisação e nova assembléia só no dia 7 de outubro.

Essa mentira pode até confundir os que não estiveram presentes na assembléia, mas para os 1.500 bancários que lá estiveram, é simplesmente abominável essa grosseira mentira da diretoria do sindicato. É a CUT demonstrando sua prática sindical.