A greve da categoria bancária está crescendo em todo o país. No 4º dia de paralisação já são cerca de 7700 agencias paradas nacionalmente. Os bancos, e em especial o BB estão praticando o assédio e uma política antisindical, como interdito proibitório e contingência. Mesmo assim a greve é forte em todo o país e se amplia diariamente.

BRB e Banpará
O BRB (Banco Regional de Brasília) fez uma proposta, que concede dentre outros o índice de 17,45% sobre o salário base e 24,17% sobre a gratificação de caixa. A proposta foi aceita pelos seus funcionários.

O Banpará também apresentou proposta, aprovada ontem em assembléia, de 10% sobre as verbas salariais, anistia dos dias parados e LICENÇA PRÊMIO de 5 dias, além dos 5 abonos anuais. Negociação específica no BB e CEF, já!

Por enquanto não há notícias de negociações com a Fenaban. No BRB e no Banpará, que têm um lucros bem inferior aos outros, a luta mostra que os bancos têm condições de ceder um reajuste digno para todos os bancários. A Contraf-CUT deve buscar negociar as questões específicas com o BB e a CEF desde já.

Vitória na justiça no RJ – O sindicato de SP deve entrar com ação também
O Sindicato dos Bancários do Rio obteve duas vitórias importantes: a inconstitucionalidade do desconto dos dias parados e a derrubada do interdito proibitório. O MNOB (Movimento Nacional de Oposição Bancária) está pressionando e apresentando proposta nas assembléias para que os sindicatos do Brasil inteiro também ingressem com as ações.

Unidade de bancários, carteiros e funcionalismo em greve
Infelizmente o banqueiro que mais trabalha contra a greve e as nossas reivindicações é o governo, através do Banco do Brasil. Foi o primeiro a recorrer ao interdito proibitório e faz assédio moral chantageando com o desconto dos dias parados. Para fazer frente às práticas antisindicais é preciso recorrer à unidade dos trabalhadores.

Ontem, o Ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, funcionário do BB e ex-sindicalista, disse à impressa que os trabalhadores dos Correios, em greve há 15 dias, eram intransigentes por não aceitar o desconto dos dias parados. Sabemos que a intransigência é do governo que se nega a respeitar o artigo 9º da Constituição.

Temos que unir os trabalhadores em greve para obrigar o governo Dilma a reconhecer o direito de greve, transformando o discurso em prática: “Se o Brasil cresceu, os trabalhadores querem o seu”.