Após 30 dias da maior mobilização da categoria, os bancários decidiram nas assembléias suspender a greve e aguardar em estado de greve o julgamento doO ideal teria sido a manutenção da greve até o julgamento, mas após 30 dias havia desigualdade no quadro nacional de greve e cansaço, assim os bancários decidiram suspender a greve de maneira organizada, permanecer em estado de greve e realizar as atividades programadas para os dias 20 e 21.

A estratégia do governo Lula e dos banqueiros segue sendo a de impor uma derrota à greve. Mas como não conseguiram impedir o ajuizamento no Tribunal Superior do Trabalho (TST) e temem a votação do dissídio, estão tentando agora retomar as negociações, coisa que se negaram a fazer desde o início da greve.

Se é positivo que eles estejam se mexendo pela primeira vez e se dispondo a negociar porque não conseguiram dobrar os bancários, por outro lado, eles continuarão buscando uma negociação mais rebaixada, como foi com a proposta dos 8,5% de reajuste salarial e provavelmente vão buscar impor algum grau de punição aos grevistas.

A continuidade da mobilização é decisiva

A unidade da categoria e a capacidade de mobilização demonstrada na greve são as chaves para que se imponha uma negociação vantajosa ou um resultado do TST mais favorável aos bancários. No entanto, é preciso fazer uma grande mobilização no Dia do Vermelho, lotar as assembléias do dia 20 e preparar uma grandiosa paralisação no dia 21.

Os bancários não devem depositar nenhuma confiança na Justiça, só a mobilização dos trabalhadores pode garantir a vitória.

A Oposição Nacional Bancária, ligada à Conlutas, exige o não-desconto dos dias parados, a extensão da decisão do TST aos bancários dos bancos privados e está construindo a mobilização dos próximos dias.
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