Na negociação ocorrida nesta sexta-feira, dia 23 de setembro, em São Paulo, a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) em mesa única com os bancos públicos Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, apresentaram nova proposta de índice de reajuste de 8% sobre todas as verbas, uma elevação de apenas 0,2% em relação à proposta de 7,8%, que foi rejeitada em assembleias na última quinta-feira, dia 22, em todo o país.

Este índice é muito aquém das perdas acumuladas dos bancários, de 98,62% na CEF, 86,68% no BB e 26% nos privados, constrastando com os recordes de lucros que, durante o governo Lula, alcançaram 500% (R$170 bilhões) e, neste primeiro semestre, chegaram a mais de R$ 27,4 bilhões, mostrando claramente que a crise internacional não afetou o setor.

O governo tenta, através da direção do Banco do Brasil, ameaçar os bancários prometendo descontar os dias de greve. Mas a força da categoria, que vem fazendo greve desde 2003, começa a dividir o setor patronal mesmo antes da paralisação. O Banco de Brasília(BRB) apresentou contraproposta acima da última apresentada pela Fenaban: 10% sobre os VP’s – vencimentos padrão (salário de ingresso e reflexo nos demais níveis) e mais 8% sobre todas as demais verbas salariais, garantindo ainda um “plus”, acima do que vier a ser concedido pela Fenaban, na hipótese de fechamento de convenção com índice maior ou igual à contraproposta por ele apresentada.

A tática da Articulação bancária (corrente ligada à CUT e ao PT) que dirige a Contraf/CUT (Confederação nacional dos bancários), de fazer uma campanha apagada para forçar um acordo sem greve, não surtiu efeito. Por isso os bancários sairão em greve a partir desta terça-feira, em todo o país.

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