Na cidade de São Paulo, quase 90% dos postos estão paradosServidores dos órgãos federais e do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) continuam em greve contra o reajuste de 0,1% proposto pelo governo Lula. Os servidores estão de braços cruzados desde o dia 2 de junho e reivindicam 18% de reposição salarial, referentes às perdas salariais durante a gestão Lula.

No INSS, a greve que começou forte cresce a cada dia. Na capital de São Paulo, a adesão é de quase 100%. No entanto, já começou a pressão contra a mobilização dos servidores. O Ministério Público entrou com uma ação contra a greve, alegando o setor ser um “serviço básico”. A Justiça tenta, dessa forma, antecipar a proibição das greves proposta pela reforma Sindical.

Os servidores dos órgãos federais, por sua vez, estão entrando em greve setor por setor. A luta contra o arrocho e o desmonte dos órgãos públicos está agora se combinando com a luta contra a corrupção generalizada nos órgãos públicos sob a gestão Lula. Os servidores do IBAMA realizam nesta quarta-feira, dia 8 de junho, um protesto contra a corrupção no órgão, lavando a fachada do IBAMA na capital de São Paulo, a exemplo do que os trabalhadores dos Correios fizeram em Brasília. Diretores do órgão são acusados de envolvimento na extração ilegal de madeiras na Amazônia.

As direções governistas tentam, a todo custo, dividir a greve da categoria. Num momento em que Lula vive sua pior crise política, essas direções atreladas à CUT e ao governo tentam impedir a unificação e o fortalecimento do movimento, e o conseqüente desgaste do Planalto. O momento agora é o de superar essas direções, unificar toda a luta do funcionalismo público e impor a derrota ao governo, conquistando as reivindicações dos servidores.
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