Onda de seqüestros têm a participação de policiaisEm meio à onda de violência que atinge a capital, Porto Príncipe, o general brasileiro e atual comandante da ocupação militar no Haiti, Augusto Heleno Pereiro, pediu a sua substituição ao Exército brasileiro e à ONU. O contrato do general com as Nações Unidas terminou no dia 30 de maio, junto com o prazo da missão. O militar pediu para ser substituído, apesar da ONU ter interesse na permanência de Heleno a frente da missão, que foi prorrogada até o fim de junho.

O general está cansado da crescente resistência que os militares têm encontrado no país. E além disso, de acordo com a agência internacional EFE, o Haiti e em especial a capital está sofrendo um espetacular aumento da violência. Além da resistência à ocupação militar liderada pelo Brasil, uma onda de sequestros está tirando o sono da pequena elite haitiana. A corrupta polícia do Haiti, conhecida internacionalmente por sua brutal repressão à resistência, anunciou uma “unidade especial de intervenção” para lidar com os sequestros.

No entanto, ainda de acordo com a agência, foi descoberto recentemente que os sequestros são perpetrados por marginais comuns e pelos próprios policiais. Uma das principais funções dos cerca de 1.200 soldados brasileiros no país é exatamente dar cobertura para a ação dos policiais.

Terceiro contingente brasileiro chega ao Haiti
O terceiro contingente de militares está substituindo a segunda brigada de soldados no Haiti. Os soldados são em sua maioria do Rio de Janeiro, onde receberam treinamento especial em retaliar os protestos contra a ocupação e os bandos armados.