Vamos à greve por tempo indeterminado

Não há mais o que esperar. Só a adesão maciça dos servidores à greve geral por tempo indeterminado pode mudar esse curso. Como a Direção Nacional da Unafisco vem avaliando a conjuntura e indicando desde a primeira Assembléia Nacional que deliberou sobre a paralisação por tempo indeterminado à partir de 08 de julho passado, somente um fortíssima reação da categoria poderá barrar, retardar ou alterar o rumo da reforma. Nós, auditores-fiscais, temos um papel vital nessa construção, pela importância e natureza da atividade que exercemos. Somente com a suspensão das nossas atividades podemos provocar o impacto necessário para a repercussão do movimento. Já não basta mais parar o atendimento ao público por 72 horas.

É preciso parar tudo, é preciso correr riscos, senão nada mudará. Não dá para apostar em caravanas parlamentares ao Congresso Nacional, pois o convencimento dos parlamentares não virá dos nossos argumentos justos, mas sim da pressão das ruas.

Nas localidades, a greve por tempo indeterminado permitirá o estabelecimento de contatos com os parlamentares nas suas bases às segundas e sextas-feiras, dias em que eles se encontram nas suas bases eleitorais. Nestes dias, na situação atual, muitos colegas que poderiam estar envolvidos nesses contatos estão nas suas mesas de trabalho apagando os incêndios dos dias não trabalhados. Os estoques de trabalho se acumularão ainda mais e produzirão um efeito muito maior da mobilização. E escapamos da armadilha de ceder a pressões e de recuperar uma parte do serviço perdido dando um esforço maior nos dias trabalhados.

Já esperamos demais. Vamos parar de vez. Somente a greve por tempo indeterminado tornará clara a nossa indignação e exercerá a pressão necessária para mudar alguma coisa nesse cenário.

Plenária Nacional indica tempo indeterminado – Anteontem, a Plenária Nacional de Mobilização, por ampla maioria, posicionou-se pela deflagração imediata da greve por tempo indeterminado a partir da semana que vem. No início das avaliações, representantes de algumas localidades em que já se está aprovando o tempo indeterminado há semanas alertaram os demais colegas que suas bases já estavam pensando em ceder e deixar de se isolarem no posicionamento pelo tempo indeterminado. Estariam por sucumbir a um contágio negativo das localidades mais reticentes, portanto.

Logo ficou patente a importância para a mobilização desses encontros em que os colegas de todo o país se encontram e trocam avaliações. A análise da conjuntura feita pelos delegados e observadores da Plenária inverteu o contágio e os colegas se convenceram de que já é mais do que hora de passar ao tempo indeterminado. Agora, os presentes à Plenária terão a oportunidade de repassar essas avaliações aos AFRFs que estarão decidindo a paralisação nas Assembléias. Os Comandos Regionais estão se mobilizando, igualmente, nesse sentido.