Manifestantes exigem justiça para esse bárbaro crime machista

Aconteceu nesse dia 11 de março, quarta, às 14h, na sede do Fórum de Olinda, a primeira audiência do processo que apura os assassinatos da professora Sandra Fernandes e de seu filho Icauã. Nesta audiência, fase preliminar ao Tribunal do Júri, foram ouvidas 4 testemunhas de acusação: o filho mais velho de Sandra, dois policiais civis que realizaram a prisão do acusado e um vizinho que encontrou os corpos.

Durante estas oitivas foram citados os nomes de mais dois outros vizinhos e o Ministério Público, para obter mais provas nos autos, achou por bem colocá-los também como testemunhas de acusação. Diante disso, e da falta de alguns laudos periciais importantes, foi marcada a continuidade desta audiência para dia 8 de junho, às 15h. Nesta oportunidade, as duas novas testemunhas e o acusado serão ouvidos. A Defensoria Pública não apresentou nenhuma testemunha de defesa.

O que se conclui do que já foi apurado até agora é que o acusado retirou a vida de Sandra e Icauã por motivo fútil e de uma forma tão brutal que tornou impossível qualquer meios defesa por partes dos mesmos, o que tipifica, como se encontra na denúncia no MP, o crime previsto no art. 121, § 2º,  incisos II e IV do Código Penal (homicídio por motivo fútil e sem chances de defesa).  A prisão preventiva do acusado foi mantida.

Justiça
Aconteceu no inicio da audiência um protesto promovido pelo Simpere, sindicato do professores de Recife no qual Sandra era diretora, e pelo Movimento Mulheres em Luta (MML).  A vereador do PSTU em Natal, partido no qual Sandra também militava, Amanda Gurgel, também compareceu ao ato. Toda a imprensa local cobriu a audiência.

Diante disso, o que se exige é que seja realizada justiça, sendo na próxima audiência o acusado pronunciado ao Tribunal do Júri e, ao final do processo, condenado. Não podemos permitir que este claro caso de crime motivado por machismo fique impune.

Adonyara é advogada