ATO EM SÃO PAULO REÚNE 4 MIL
A manifestação reuniu em torno de quatro mil pessoas. A passeata ocorreu na Avenida Paulista e aglutinou ativistas da Conlutas, Intersindical, MST, CUT, CTB, além de partidos como o PSTU e o PSOL.

A Conlutas exigiu do governo a proibição das demissões, redução da jornada para 36 horas e, ao contrário das demais centrais, também colocou o “Fora Sarney” nas ruas. “O Senado é um mar de lama que usa dinheiro público para enriquecer os senadores”, afirmou José Maria de Almeida, da Secretaria Executiva da Conlutas.

O descaso do governo com a gripe suína foi também lembrado pela coluna da Conlutas. Com máscaras cirúrgicas, os ativistas exigiam do governo a quebra da patente do Tamiflu, o remédio contra a gripe, e a sua distribuição a todos os doentes.

NO RIO, PROTESTO EXIGE PETROBRAS TOTALMENTE ESTATAL
O ato no Rio foi marcado por uma manifestação no centro que reuniu mil manifestantes. Eles foram em passeata até a sede da Petrobras, que fechou os portões de entrada do prédio.

Estavam representadas diversas centrais sindicais e outras organizações políticas, como Conlutas, Intersindical, CUT, Frente Nacional dos Petroleiros (FNP), Frente Única dos Petroleiros (FUP), Força Sindical, entre outras.

Um dos principais temas do ato foi a campanha “O petróleo tem que ser nosso”. Eduardo Henrique Araujo, diretor do Sindipetro-RJ, disse que o sistema de partilha para a produção do pré-sal que está sendo proposto pelo governo Lula tem de ser combatido, pois “é contrário a tudo pelo que estamos lutando há anos, por uma Petrobras totalmente estatal”.

FÁBRICAS PARAM E MANIFESTANTES OCUPAM
A DUTRA EM SÃO JOSÉ
A Conlutas e o Must (Movimento Urbano dos Sem Teto) reuniram cerca de dois mil moradores da ocupação de sem-teto do Pinheirinho e saíram em marcha até a Rodovia Presidente Dutra, fechando a estrada por cerca de 40 minutos.

Os moradores do Pinheirinho caminharam cerca de três quilômetros até chegarem ao km 156 da Dutra, no trecho de São José dos Campos. Houve ainda a paralisação de operários de duas fábricas, a Silber e a Delbras. Metalúrgicos de duas outras fábricas pararam por duas horas.

CERCA DE 1.500 TRABALHADORES TOMARAM AS RUAS DE FORTALEZA
Na capital cearense, não foi apenas um dia de mobilizações, mas também de paralisações. Estas ocorreram entre os trabalhadores da construção civil, professores municipais e na Universidade Estadual do Ceará (UECE).
Essas greves parciais juntaram suas forças com as centrais sindicais, o MST e o Movimento dos Conselhos Populares (MCP) e ganharam as ruas de Fortaleza. Aproximadamente 1.500 trabalhadores participaram da manifestação unificada.

A Conlutas e a Assembleia Nacional de Estudantes – Livre (Anel) cumpriram um papel de primeiro plano, ajudando a garantir a paralisação e a mover os trabalhadores para o ato.

DIA 14 EM BELO HORIZONTE REÚNE CATEGORIAS EM LUTA
Os trabalhadores da saúde fizeram uma manifestação em frente à Santa Casa contra a gripe suína. Os metalúrgicos, que iniciavam sua campanha salarial, entregaram uma pauta de reivindicações na Federação da Indústria de Minas. Os professores do Sindrede, em luta por salários, realizaram uma grande assembleia.

Depois da reunião, centenas de estudantes do Cefet e da UFMG, bem como funcionários do município, se uniram aos professores. Os estudantes, liderados pela Anel, estavam em luta pelo passe livre, além de exigirem o Fora Sarney e protestarem contra a gripe suína.

EM GOIÂNIA, OCUPAÇÃO DA FIEG E PARALISAÇÃO DE OPERÁRIOS
Na capital goiana, a manifestação ocorreu nas escadarias da catedral metropolitana e reuniu quase dois mil trabalhadores da cidade e do campo.

Uma passeata percorreu as ruas do centro da cidade e terminou com um ato político em frente ao Palácio da Indústria, prédio da Fieg (Federação da Indústria do Estado de Goiás). Ainda no final do ato, o prédio foi ocupado pelos trabalhadores do MST, Terra Livre (filiado à Conlutas) e outros movimentos do campo.
Mais de mil operários da farmacêutica Halex Istar, organizados pelos Sindqf-GO e pela Conlutas, paralisaram durante todo o dia.

ATO REÚNE SINDICATOS EM MACAPÁ
O dia nacional de luta teve uma passeata nas principais avenidas da capital amapaense. Estavam presentes trabalhadores e representantes dos sindicatos dos vigilantes (Sindiviap), rodoviários (Sincotrap), Conlutas, CTB, Força Sindical, CUT, guarda municipal, Sindicato dos Humanitários e agentes de saúde.

NO MARANHÃO, SARNEY É LEVADO PARA A FOGUEIRA!
Uma manifestação percorreu todo o centro da cidade, com a presença da Conlutas, CUT, CTB e MST. A grande sensação do ato foi o boneco de Sarney vestido de presidiário, levado pelos militantes da Conlutas e queimado ao fim da manifestação sob os gritos de “Fora Sarney! Abaixo o Senado! Por uma câmara única!”.

ATO EM BRASÍLIA TEM FORTE PRESENÇA DOS SEM-TERRA
Cerca de quatro mil pessoas participaram de um protesto na Esplanada dos Ministérios. As principais entidades nacionais e movimentos sociais estavam presentes. Entre elas, Conlutas, CUT, CTB, Via Campesina e estudantes da Assembleia Nacional de Estudantes – Livre (Anel).

A grande maioria do ato era formada pelos trabalhadores da Via Campesina e do MST, que estão em Brasília no Acampamento Nacional pela Reforma Agrária. Também participaram os trabalhadores dos Correios, estudantes, servidores públicos federais e bancários.

ATO DA CONLUTAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL EM BELÉM
A Conlutas percorreu os canteiros de obras mobilizando os operários para a marcha que reuniu, além da própria entidade, o MST e demais centrais sindicais.
Aproximadamente 2.500 trabalhadores da construção civil seguiram em passeata pelas principais ruas da grande Belém.

PRINCIPAIS CIDADES DA PARAÍBA PROTESTAM NO DIA 14
Em Cabedelo, cerca de 200 trabalhadores da área de saúde realizaram um ato. Em Campina Grande, durante toda a semana, aconteceram palestras e exposições na universidade estadual e em locais centrais da cidade com a presença do MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens) e do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra). Houve um ato em frente à fábrica da Alpargatas, que produz as sandálias Havaianas. A empresa já mandou embora mais de mil trabalhadores e pretende demitir mais.

Na capital, João Pessoa, a semana foi também marcada por exposições e debates sobre a crise e a realização de assembleias em várias categorias importantes, como trabalhadores do Fisco, Correios e educação.

ATO EM PORTO ALEGRE EXIGE “FORA YEDA”
A principal reivindicação dos cerca de quatro mil manifestantes que foram às ruas no dia 14 na capital gaúcha foi o impeachment da governadora tucana Yeda Crusius. Na cidade, o ato teve início em frente à Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul. Depois, os ativistas saíram em marcha rumo ao Palácio Piratini. Diversas categorias, centrais e movimentos sociais e populares participaram das mobilizações, que contaram com forte aparato policial.

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