Ato em San Francisco

Os atos contra a guerra ocorridos em 19 e 20 de março no mundo todo tiveram como principal tema a exigência de que as tropas enviadas retornem aos seus países. Muitas famílias de soldados estiveram à frente da organização dos atos. A guerra no Iraque torna-se a cada dia mais parecida com a do Vietnã, e a população dos países que protagonizam a guerra se mobiliza, fazendo com que o imperialismo se afunde mais e mais em um atoleiro.

Nos EUA, principalmente em Nova York, o que mobilizou a população foi a reivindicação “Troops Out Now” (Retirem as tropas agora), através da qual as famílias de soldados e a população reivindicam o regresso dos soldados. A concentração dos atos se deu em regiões e cidades das quais muitos jovens foram enviados para a guerra, como a zona leste do Harlem, em Nova York, e a cidade de Fayetteville, na Carolina do Norte.

Os manifestantes também se mostraram contra o recrutamento de jovens afro-americanos e de outros grupos étnicos em centros escolares e cívicos. Também estiveram presentes e fizeram uso da palavra representantes de organizações árabes nos EUA.

`Ato

Na Itália, milhares de pessoas tomaram as ruas de Roma para protestar contra a invasão no Iraque e exigir a retirada das tropas italianas. Houve conflitos entre a polícia e os manifestantes, pois as forças de segurança impediram a passeata de se aproximar do Palácio Chigi, sede do governo Berlusconi. O que mais mobilizou foi a reivindicação pela retirada das tropas italianas do Iraque e a revolta com a tentativa de assassinato da jornalista Giuliana Sgrena por soldados norte-americanos. O apoio explícito de Berlusconi à invasão e ao imperialismo norte-americano também gera insatisfação na população italiana, que está majoritariamente contra a guerra.

No Japão, mais de 5 mil foram às ruas de Tóquio para protestar contra a presença dos EUA no Iraque e o envio de tropas japonesas. No mesmo dia do ato, a secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, esteve na capital do Japão, o que estimulou os manifestantes a saírem às ruas.

Em Londres, 100 mil pessoas marcharam contra a invasão do Iraque, reivindicando do primeiro-ministro Tony Blair que retire os 8.600 soldados britânicos do país. Esse número é o segundo maior, só perde para o contingente de tropas enviadas pelos EUA. Um caixão de papelão com o cartaz “100 mil mortos“ foi colocado em frente ao prédio da embaixada norte-americana. A multidão gritava: “George Bush… Tio Sam. O Iraque será o teu Vietnã“.

Também aconteceram atos em outras capitais, como Atenas (Grécia), Sydney (Austrália), Estocolmo (Suécia), Johannesburgo (África do Sul) e Santiago (Chile).

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