Momentos do ato no Rio de Janeiro
Luiz Fernando Nabuco Araújo

Na última sexta-feira, 3 de fevereiro, o Rio de Janeiro deu mais um abraço de solidariedade ao Pinheirinho. Cerca de 500 pessoas estiveram presentes no ato-show organizado pelos movimentos sociais no Largo da Carioca, no Centro da cidade.

Houve um minuto de silêncio em protesto ao massacre promovido pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB/SP) e em seguida uma forte salva de palmas em homenagem aos lutadores de Pinheirinho. A população manifestou grande simpatia e sensibilidade pela causa e se aglomerou para escutar as entidades representativas e os artistas presentes.

O desabamento criminoso dos prédios no centro da cidade do Rio também foi lembrado. Afinal, ali se realizavam obras estruturais sem nenhuma fiscalização por parte do governador do estado ou do prefeito, o que demonstra o descaso desses senhores com a vida dos trabalhadores soterrados pelos escombros e feridos.

Uma boa quantidade de mantimentos foi doada às vítimas de Alckmin. Roupas, alimentos e remédios se acumulavam perto do carro de som e eram organizados pela CSP Conlutas. Assinaram o panfleto da manifestação: MTST, ANDES-SN, SINDIPETRO-RJ, SEPE-RJ, Sindicato dos Comerciários de Nova Iguaçu e Região, Assembleia Nacional dos Estudantes Livre – ANEL, DCE Mário Prata (UFRJ), DCE UERJ, ADUFRJ, ADUFF, ASDUERJ, Movimento Mulheres em Luta, Movimento Nacional Quilombo Raça e Classe, PSTU, PSOL, PCB, Coletivo Marxista e Brigadas Populares.

Não foram poucos os artistas que se solidarizaram e cantaram no ato-show. Barbeirinho do Jacarezinho (compositor de vários sucessos de Zeca Pagodinho), Amarildo Silva, Mc Jhonny, Mc Negrarê, Paulo Mistura, banda Corisco, duas bandas de forró, cantores de MPB, entre outros, animaram o final de tarde de sexta-feira.

O jornal Opinião Socialista, inteiramente dedicado ao massacre do Pinheirinho, foi vendido amplamente, oferecendo uma excelente leitura diante das mentiras e da operação abafa da imprensa dos ricos e poderosos.