Concentração do ato, na Praça Santos Andrade
Rose Leny

A manifestação nesta quarta-feira, 21 de setembro, em Curitiba (PR), reuniu cerca de mil pessoas, contra a corrupção do governo e do Congresso e contra as reformas Sindical-Trabalhista e Universitária. O ato, convocado pela Conlutas (Coordenação Nacional de Lutas), pela Conlute (Coordenação de Luta dos Estudantes) e por diversos sindicatos e entidades, reuniu manifestantes de todo o estado e contou com uma forte presença da juventude e das categorias em luta, como os funcionários dos Correios e os bancários.

`EstudantesA partir das 10h, o ato teve início, com estudantes da UFPR, secundaristas e de universidades do interior, como a UEM (Universidade Estadual de Maringá), a UEL (estadual de Londrina), UNIOESTE e UNICENTRO. Com coreografias e muita animação, eles cantavam palavras de ordem como “Tem dinheiro pro mensalão, mas não tem pra educação”. No caminho, o apoio e a atenção da população para os discursos dos muitos sindicalistas e estudantes e para as muitas faixas escrito Fora Todos!.

Fora já, fora já daqui. Lula, Requião e o FMI!
Por volta das 13h, depois de percorrer as principais avenidas do Centro, a passeata se dirigiu até o Palácio do Iguaçu, sede do governo estadual. Para surpresa de todos, o governador Roberto Requião (PMDB) estava fazendo um discurso para membros da Federacao dos Trabalhadores da Agricultura, entidade ligada a CUT e CONTAG. O ato da conlutas seguiu até a frente do Palácio, interrompendo o discurso de Requião. Antes de fugir para seu gabinete, o governador, da base de apoio de Lula, fez uma fala tentando criar um confronto entre os trabalhadores e os estudantes.

Requião fez um discurso provocativo, atacando a manifestação da Conlutas e chamando os estudantes de ‘vagabundos´ e ‘filhinhos de papai´. Como se não bastasse, ainda estimulou os agricultores a agredirem e expulsarem os estudantes. O chamado a violência não teve muita adesão, a não ser por uns poucos dirigentes da federação.

O populismo de Requião não surtiu efeito e os manifestantes passaram a cantar palavras de ordem pelo Fora Todos, colocando o governador como um dos responsáveis pela situação dos trabalhadores do país, sejam da cidade ou do campo.

* com informações do DCE UEM e de Bento José, de Curitiba