Nesta terça, 08 de março, Dia Internacional da Mulher, ativistas da CSP-Conlutas e Conselho da Mulher realizaram um ato conjunto em protesto pela demissão injustificada de uma cipeira da Singer, multinacional fabricante de máquinas de costura instalada em Juazeiro do Norte (CE). A operária Marileide, eleita para Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), pela legislação trabalhista ainda goza de estabilidade, não podendo ser demitida.

Segundo o professor Augusto Nobre, do Sindurca e da executiva da regional da CSP-Conlutas Cariri “o ato foi a forma de prestar solidariedade a mulher proletária e dizer basta a opressão sofrida todos os dias pelas trabalhadoras de todo mundo. Também é necessário combater o machismo em nossa sociedade que tem por objetivo dividir a classe trabalhadora e inferiorizar a mulher, para que ela possa ser mais explorada. A demissão de Marileide é um ataque a todos os trabalhadores e trabalhadoras e por isso nós que fazemos a CSP-Conlutas Cariri estamos aqui em frente a fabrica para lutar pela reintegração da cipeira”.

Perseguições e demissões fazem parte do cotidiano nas fábricas da região
No auge da crise em 2009, a Singer demitiu mais da metade do seu efetivo. Em dezembro de 2010, demitiu o cipeiro Osvaldo Galdino. Além dele, teve os cipeiros Pedro, Sônia e Barbosa demitidos anteriormente, ferindo o direito de estabilidade da CIPA.

Como ficou impune (inclusive com a cumplicidade do sindicato pelego ligado a Força Sindical), agora foi a vez de mais uma mulher, que além de enfrentar a exploração capitalista dentro da fábrica, também era vítima do machismo e assédio moral dos patrões.

É necessário lutar contra os desmandos da Singer. O retorno de Marileide e demais cipeiros à Singer será uma vitória de todos(as) os(as) trabalhadores(as). Isso será importante para mudar esse quadro de perseguições e demissões. Caso não denunciemos e lutemos contra essa prática, a patronal seguirá com a escalada de perseguições e demissões de cipeiros.