Cônsul recebe sindicalistas
Celso Souza

Uma delegação reunindo dirigentes políticos e sindicais protestou na tarde deste dia 20 de maio contra a ilegalidade de uma das candidaturas de esquerda nas eleições do Parlamento Europeu. O ato repudiou a decisão do governo Zapatero e da Justiça da Espanha de impugnar a “Iniciativa Internacionalista – A Solidariedade entre os povos”, uma ampla frente eleitoral da qual faz parte a Corriente Roja, no qual incluía o PRT-IR, seção espanhola da LIT-QI.

O protesto ocorreu em frente ao consulado da Espanha, em São Paulo, e reuniu, entre outros dirigentes, o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (SP) e dirigente nacional da Conlutas, Luiz Carlos Prates, o Mancha, Ana Luiza Gomes, diretora do Sintrajud-SP (sindicato dos servidores da Justiça federal no estado), e Eduardo Almeida, da direção nacional do PSTU. O ato também teve a presença de estudantes.

Manifestantes em frente ao Consulado da Espanha, São Paulo

A delegação tentou inicialmente ser recebida pelo cônsul espanhol, que se recusou a ouvir os manifestantes. Com o protesto, porém, o representante do país recebeu uma comissão, que protocolou documentos repudiando a ilegalidade das candidaturas. A justificativa utilizada pela Justiça do país para a impugnação foi o argumento de que a Iniciativa Internacionalista seria uma continuidade do Batasuna, organização política do ETA, organização que luta pela independência do país Basco.

“O cônsul nos recebeu e tentou justificar a medida, afirmando que era uma medida contra o ‘terrorismo´. De nossa parte, argumentamos que na verdade era uma atentado contra o direito de opinião e à democracia”, explicou Eduardo Almeida, que entregou ao representante do Estado espanhol a nota pública divulgada pelo PSTU contra a medida antidemocrática.