Manifestação é contra a demissão de 350 trabalhadoresFonte:http:www.sindmetalsjc.org.br

Um ato hoje na porta da Revap (Refinaria Henrique Lage), em São José dos Campos, por volta das 7h, reuniu cerca de 600 abalhadores terceirizados da obra de ampliação da refinaria, além de representantes do PSTU, PSOL, Conlutas, Sindicato dos Químicos, Sindicato da Alimentação, Sindicato dos Metalúrgicos, OAB do Rio de Janeiro e professores.

A manifestação aconteceu em solidariedade aos 12 mil trabalhadores terceirizados, que vêm sofrendo fortes represálias. Na última sexta-feira, cerca de 350 foram demitidos, em uma afronta ao acordo que colocou fim à última greve, em junho. O acordo previa, entre outros pontos, a estabilidade de emprego por 90 dias.

A Revap continua de portões fechados, impedindo a entrada dos trabalhadores.

Nesta terça-feira (dia 15), uma audiência acontece na sede da OAB, em São José dos Campos, a partir das 15h, entre a Comissão de Trabalhadores, Ministério Público do Trabalho e representantes das empresas, para discutir a readmissão dos trabalhadores.

A Comissão de Trabalhadores, apoiada pela Conlutas, vai encaminhar um ofício à presidência da Petrobras solicitando uma reunião. O objetivo é discutir a postura da Revap que, na quinta-feira passada (dia 10), usou de força policial para reprimir a mobilização dos trabalhadores.

Dezenas de policiais militares da Força Tática e Tropa de Choque invadiram a refinaria, munidos de bombas de efeito moral, gás pimenta e balas de borracha, e agiram com truculência contra os grevistas, que faziam uma manifestação pacífica nos canteiros de obra, desde as 7h.

O confronto deixou dois trabalhadores feridos. Mas o estrago poderia ter sido muito pior, já que os trabalhadores ficaram encurralados e assustados com o episódio.

Novo protesto

Na próxima quarta-feira (dia 16), haverá uma manifestação, às 11h, na porta da Prefeitura de São José dos Campos.

O objetivo é protestar contra as demissões e exigir da prefeitura uma solução para a situação dos demitidos da Revap e outras empresas, como a Avibras, por exemplo.

A Avibras, empresa do ramo bélico, também demitiu cerca de 350 trabalhadores na última sexta-feira. Mas o número total de demissões ainda pode ser maior.