Cerca de cinco mil pessoas participaram, dia 16 de agosto, da manifestação pela reforma agrária organizada pelo MST e pela CUT em São Gabriel (RS). O objetivo era receber os sem-terra que estavam em marcha desde 10 de junho em direção à região, onde ocorreria um dos maiores assentamentos do estado.

Entretanto, o Supremo Tribunal Federal suspendeu a desapropriação dos mais de 13 mil hectares da família Southall.

Os ruralistas da região, organizados no movimento Alerta Rio Grande – liderado pelo prefeito de São Gabriel, Rossano Gonçalves (PDT) -, conseguiram liminar proibindo qualquer manifestação na cidade. Em função disto, o MST e a CUT optaram por fazer o ato em uma propriedade “emprestada”, onde os integrantes da marcha acamparam. Afastado tanto do centro da cidade quanto da fazenda, o ato não teve a repercussão pretendida.

O PSTU esteve presente, denunciando o caráter reacionário do Ministério de banqueiros e latifundiários do governo Lula e afirmando que reforma agrária só sai com ocupação.

No retorno a Porto Alegre, o ônibus em que se encontravam militantes do PSTU e independentes foi atacado com tiros, pedras e rojões ao passar pelo acampamento dos ruralistas (foto acima). Um estudante da UFRGS ficou ferido. O PSTU repudia tal ação e exige apuração do fato e punição dos responsáveis.

Post author Luciana Candido,
de São Gabriel (RS), especial para o Opinião Socialista
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