PSTU também denunciou aliança com partidos burgueses nas eleições da cidadeO Primeiro de Maio da Conlutas e da Intersindical em Porto Alegre ocorreu no Largo Glênio Peres, no centro da cidade. Às 9h30, mais de 100 pessoas já estavam no local. Nas diversas falas, destacou-se a denúncia à política repressiva de Lula no Haiti, principalmente agora, quando os haitianos levantam-se contra a alta dos preços dos alimentos. A fome e o aumento dos preços da comida foram lembrados, e relacionados com a lógica do lucro no campo: incentivo aos biocombustíveis e à plantação de eucalipto.

O ato refletiu o sentimento de vitória pela recente eleição de uma chapa de enfrentamento ao governo Lula, no Sindicato dos Petroleiros do Rio Grande do Sul. A diretoria antes era controlada por uma gestão cutista, que foi derrotada ao tentar se reeleger. O presidente eleito da nova diretoria saudou todos os grupos presentes ao ato e afirmou que o sindicato irá participar do I Congresso da Conlutas, em julho.

Estavam representados vários grupos políticos que fizeram uso da palavra. A realidade específica da mulher trabalhadora, vítima da opressão e do machismo, foi lembrada por Bruna Krob, do coletivo Contra a Corrente, que está construindo a Conlute junto aos estudantes da UFRGS. Ela também fez um relato da luta contra o Reuni que o coletivo está levando adiante. Pedro Ruas, do PSOL, destacou a importância da vitória em petroleiros como parte de uma batalha que está sendo travada por várias oposições no estado e que terá seu próximo capítulo nas eleições do CPERS, o sindicato dos professores estaduais.

Em nome do PSTU, Julio Flores enfatizou a posição do partido contrária as alianças com a burguesia, lembrando que esse foi o caminho levou o PT a trair os trabalhadores. Ele criticou a aliança do PSOL com o PV em Porto Alegre, em torno do nome de Luciana Genro, o que impede a reedição da Frente de Esquerda na cidade.