Na manhã deste 1º de setembro, dezenas de manifestantes de diversas entidades fizeram um ato na baixada santista, em solidariedade aos trabalhadores da Volks de São Bernardo, em greve contra as ameaças de demissão da empresa. Entidades como a Conlutas, a Intersindical e a Apeoesp de Diadema e São Bernardo participaram do protesto, além de categorias como bancários, portuários, metalúrgicos, servidores municipais, securitários e estudantes.

O protesto teve início às 6h, com o bloqueio da rodovia Cônego Domênico Rangoni (antiga Piaçagüera-Guarujá) no sentido Guarujá, na altura do km 262, em Cubatão. O protesto provocou mais de 25 km de engarrafamento.

Às 9h, os manifestantes seguiram em passeata até a portaria da Cosipa, onde realizou-se um ato. Nesta fábrica, os trabalhadores do turno da manhã atrasaram a entrada em três horas, devido ao bloqueio da rodovia.

No ato, os discursos ressaltaram a irresponsabilidade da Volks com as demissões e as ameaças de fechar a fábrica. O dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas, Manoel Melato, informou aos presentes que, neste dia 1º, os trabalhadores da Toyota de Campinas também paralisaram suas atividades em solidariedade aos trabalhadores da Volks.

Além de defenderem os empregos na Volks, diversas falas também lembraram outra ameaça aos trabalhadores do país, preparada por lula e Alckmin para 2007: a reforma sindical e trabalhista.

Rogério da Cerqueira, o Rogerinho, metalúrgico da Volks e membro da Conlutas e do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC pela oposição, ressaltou a importância desta manifestação e afirmou que esse tipo de atividade de solidariedade deve ser repetida em todo o país.

Na Volks de São Bernardo, a greve continua forte, com os trabalhadores paralisados dentro da fábrica, até pelo menos segunda-feira, dia 4, quando haverá nova assembléia. As fábricas de Taubaté (SP) e de São José dos Pinhais (PR), que dependem das peças produzidas na Volks Anchieta, estão tendo que reduzir suas atividades devido à greve.

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