Passeata agitou centro da cidade

Cerca de 2500 manifestantes marcharam na manhã desta segunda-feira, 18 de junho, na Marcha das Mulheres na Cúpula dos Povos. A manifestação é mais uma das atividades que ocorrem no Rio de Janeiro, em paralelo à Rio+20. Quem passava pelo centro da cidade pôde testemunhar uma bela passeata feminista, que denunciou a farsa da “economia verde” e a situação dos setores oprimidos no país.

O ato contou com a presença de um amplo espectro de entidades, desde a ANEL e a CSP-CONLUTAS até CUT, CTB, MST, Marcha Mundial de Mulheres, UNE e CPT. Caminhando do MAM, no Aterro do Flamengo, até o Largo da Carioca, a manifestação deu visibilidade à crítica ao que representa a Rio+20. Em uma das palavras de ordem mais cantadas, podia-se ouvir: “capitalismo não me engana, não/Pintar de verde é falsa solução”.

“Mulheres jovens, vamos à luta
A ANEL chamou a atenção com uma das colunas mais animadas da marcha. As estudantes garantiram que se expressasse no ato a forte greve nacional da educação. Suas exigências combinavam as demandas da greve estudantil com a luta contra as opressões. Nesse sentido, a entidade se posicionou pela construção de creches nas universidades e exigiu, ainda, que Dilma revogue seu veto ao kit anti-homofobia para as escolas.

Luiza Carrera, estudante da UFRJ, interveio em nome da ANEL. “As federais estão em greve porque queremos mais investimentos em educação; porque queremos creches, para que as mulheres não sejam obrigadas a abandonar seus estudos quando engravidarem. Por isso, o recado da ANEL é claro: mulheres jovens, vamos à luta!”.

No mesmo espírito, Camila Lisboa, representando o MML (Movimento Mulheres em Luta), declarou: “a nossa luta é porque, em um país governado por uma mulher, não podemos mais admitir que as mulheres morram, vítimas da violência ou dos abortos clandestinos”.

Durante a semana, seguirá a programação da Cúpula dos Povos. Acompanhe a cobertura do Portal do PSTU.

LEIA MAIS
RIO + 20 e a farsa do “desenvolvimento sustentável”