No dia 23 de setembro, dezenove entidades e partidos políticos ocuparam o escritório do Consulado de Honduras no Rio de Janeiro. Foram cerca de trinta militantes que fizeram uma ocupação simbólica em solidariedade aos trabalhadores e ao povo hondurenho. O cônsul Raul Ghuignard, declarou que segue cumprindo suas funções em respeito ao povo brasileiro e hondurenho, mas está com o salário suspenso e vem sofrendo retaliações do governo golpista de seu país. Ele explicou que, nos últimos noventa dias, o consulado vem passando por várias dificuldades provocadas pelo governo Micheletti em retaliação às suas relações com o Presidente Manuel Zelaya, a quem conhece pessoalmente há muito tempo.

A Conlutas, as demais entidades e os partidos políticos presentes ofereceram solidariedade ao Cônsul e reafirmaram que a volta de Zelaya a Honduras é uma vitória da mobilização e da luta dos trabalhadores e do povo hondurenho. Para nós, só a heróica luta daqueles camaradas é que garantiu esta vitória. Ao mesmo tempo, este fato representa uma derrota para o governo de Micheletti que, desta vez, não pode impedir o retorno.


Foto: Samuel Tosta

Na reunião com o cônsul, reafirmamos o nosso repúdio à dura repressão às legítimas manifestações que vêm ocorrendo naquele país. O ato teve como principal objetivo demonstrar o caráter fascista do governo golpista em Honduras. Exigimos o fim da repressão às manifestações, o retorno do presidente eleito Manuel Zelaya e a prisão e punição de todos os golpistas para serem julgados e responsabilizados por seus crimes contra os trabalhadores e o povo hondurenho.

Nesta quinta-feira, 24, haverá uma nova reunião das entidades e movimentos que vem se mobilizando contra o golpe em Honduras para dar prosseguimento à campanha de solidariedade aos trabalhadores e ao povo em luta. Será organizada uma nova atividade na próxima quarta-feira, 30 de setembro.

Reiteramos nosso compromisso e conclamamos a todos os movimentos sociais, a todos os trabalhadores latino-americanos e caribenhos, a redobrarem seus esforços em solidariedade ao povo hondurenho diante desse momento decisivo que estamos enfrentando. É o futuro dos povos latino-americanos e caribenhos que hoje está em jogo em Honduras.