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No último dia 21 de agosto, um adolescente de 17 anos invadiu uma escola e atacou os alunos com uma machadinha, ferindo 4 estudantes

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O ataque do adolescente com uma machadinha a alunos de uma escola pública, na cidade de Charqueadas (RS), é mais um caso triste que se torna cada vez mais frequente no Brasil. Passados cinco meses da tragédia de Suzano (SP), o caso gaúcho deixou estudantes feridos, mas felizmente não causou vítimas fatais.

Ações violentas contra instituições de ensino têm se tornado parte da realidade brasileira, trazendo à tona a discussão sobre motivações e responsabilidades. Episódios trágicos semelhantes ocorreram em Salvador/BA (2002), Taiúva/SP (2003), Realengo/RJ (2011), São Caetano do Sul/SP (2011), Goiânia/GO (2017) e, recentemente, em Suzano/SP (2019).

Os governos de plantão são os grandes culpados. Governos anteriores sucatearam o sistema educacional, privilegiando os banqueiros, o agronegócio e os grandes empresários e deixando de investir em educação.

Os cortes de verbas da educação realizados por Bolsonaro, assim como seu projeto de privatização das universidades públicas, demonstram a falta de importância que a escola pública tem para o atual governo. Além disso, seu discurso de ódio, militarização, violência policial e repressão só agravaram ainda mais a violência no país. No âmbito estadual, o governador Eduardo Leite (PSDB) segue o mesmo plano, aprofundando a precarização das escolas gaúchas, que estão jogadas às traças, além de não pagar os salários dos servidores em dia.

A crise econômica capitalista, o desemprego e a falta de perspectiva da juventude em relação aos seus direitos básicos vêm aumentado cada vez mais o adoecimento mental da juventude e da classe trabalhadora. Estudos apontam que no Brasil cerca de 30% dos adolescentes entre 12 a 17 anos têm transtornos mentais comuns.

Casos bárbaros de ataques às escolas, somados a toda violência cotidiana da sociedade, revelam a falência do capitalismo. A doentia sociedade capitalista está nos adoecendo, violentando e matando. Lutar contra a violência é lutar pela destruição do sistema capitalista.

PSTU Rio Grande do Sul