Bancários ameaçam cruzar os braços nesta terça
Agência Brasil

Nesta segunda-feira (17) ocorrem pelo país assembleia de bancários no qual a categoria irá voltar por greve a partir da zero hora do dia 18.O MNOB (Movimento Nacional de Oposição Bancária) que integra a CSP-Conlutas, irá defender nas assembleias de hoje a necessidade de unificação das campanhas salariais.“Vamos defender nas assembleias a necessidade de construir uma greve unificada, mas que envolva a base. Então o chamado do sindicato de Florianópolis de quem deve dirigir o movimento é a base, através do comando de mobilização, é fundamental”, ressaltou o membro do MNOB Bento José.

O SEEB (Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários) de Florianópolis convocou todos os bancários para formarem o Comando de Greve. Diferente do que acontece em sindicatos como o de São Paulo [dirigido pela corrente Articulação Bancária, a mesma que dirige a CONTRAF/CUT] no qual sua diretoria toma ‘posse’ da organização do movimento e não abre espaço para a base.

Bento José destaca também que devem ser propostas reuniões que envolva as questões essenciais da pauta especifica dos bancos públicos.” Vamos propor uma plenária dos funcionários do Banco do Brasil para articular a luta de seis horas e outra dos funcionários da CEF para articular a luta da isonomia”, enfatiza.

“Envolver a categoria, garantir democracia e unificar a luta com as outras categoria são políticas fundamentais para fortalecer a greve nacional bancária que começa nessa terça-feira”, finaliza.

A categoria enfrentou o impasse nas negociações em que a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) manteve a proposta de 6%, além de reposição da inflação, implicando num aumento real de 0,58%. As perdas salariais da categoria bancária são enormes, desde 1994, 24% em privados, no Banco do Brasil são superiores a 80% e na Caixa Econômica Federal a 90%.