Nesta terça-feira, 14 de março, a assembléia geral de estudantes, funcionários e professores da PUC-SP aprovou uma greve por tempo indeterminado, a partir de hoje, dia 15. A grande maioria dos presentes votou pela greve como única maneira de conquistar a readmissão de todos os professores e funcionários demitidos, a abertura do edital de bolsas pela reitoria e impedir o empréstimo do BNDES e a intervenção da Fundação São Paulo, dos bancos e da Igreja, estatização e, principalmente, lutar pela estatização da universidade. Por entender que, uma vez aprovada nas assembléias a bandeira de estatização, seria necessário construir uma greve consistente e vitoriosa para atingir esse objetivo.
A presença na assembléia foi massivamente de estudantes, ainda com poucos professores e funcionários. No entanto, a Apropuc (Associação de professores da PUC) declarou que vai construir a greve dos três setores. Isso prova que fomentar e garantir a unidade entre os três setores, algo sempre defendido e implementado pela maioria dos Centros Acadêmicos, foi fundamental.
A UNE, na contra-mão das reivindicações da comunidade universitária, posicionou-se pela aceitação do empréstimo do BNDES à PUC e contra a greve dos três setores. A resposta da grande maioria dos estudantes, que rechaçou a entidade e suas propostas, confirmou-se na última assembléia, comprovando de uma vez por todas a falta de espaço desta entidade governista dentro do movimento estudantil combativo.
Após a assembléia, um grande ato reafirmou a decisão da assembléia para toda a comunidade. A manifestação percorreu a PUC-SP, passou pelas ruas e teve seu desfecho no Pátio da Cruz, local central de unidade das lutas estudantis.
Agora, é lutar pela adesão cada vez maior, em especial de professores e funcionários. Os estudantes, até o momento, aderiram numerosamente. Para ampliar a adesão, serão realizadas discussões, piquetes e diversas outras atividades, além de materiais informativos. É fundamental o apoio e presença de muitas entidades de luta neste momento.
A Conlutas e muitas de suas entidades e movimentos, como a Oposição da Apeoesp, que já declararam seu apoio à luta dos 3 setores da PUC-SP, serão fundamentais para impulsionar o sucesso dos trabalhadores. Assim como a Conlute, que, manifestando seu apoio, já rodou e soltou milhares de adesivos em defesa da PUC-SP em nome de 3 entidantes paulistanas filiadas à Coordenação: C.A. Clarice Lispector (PUC-SP), C.A. XXIII de Abril (FATEC-SP) e DCE da Unisant´anna. O adesivo, com o Calvin (mascote da Conlute) foi adotado como principal acessório visual por inúmeros estudantes presentes na luta. Além disso, a Conlute tem estado presente, apoiando e dando dimensão nacional à mobilização.
Construir e impulsionar esta greve para que ela seja vitoriosa, significará fazer parte de um marco histórico: a maior, mais concreta e viva demonstração de luta contra a mercantilização do ensino superior no Brasil e em defesa do ensino público, gratuito e de qualidade para todos os trabalhadores e estudantes!