Assembleia reuniu cerca de dois mil estudantes
Jornal do Campus

Estudantes também aprovam audiência pública com a reitoria para o próximo dia 16Após o ato que reuniu mais de 3 mil manifestantes pelas ruas do centro de São Paulo nesse dia 10, os estudantes da USP retornaram à Faculdade de Direito, de onde a passeata partiu, para realizar assembleia e definir os rumos do movimento contra a repressão e a presença da PM no campus. A assembleia reuniu cerca de 2 mil alunos no Salão Nobre da tradicional faculdade, que aprovaram por ampla maioria a continuidade do movimento de greve iniciado no dia 8.

Os alunos aprovaram, além disso, a realização de uma Audiência Pública com a reitoria na próxima quarta-feira, 16. No dia seguinte, os estudantes realizam nova assembleia geral, no prédio da FAU (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo) às 18h. Os alunos também aprovaram a exigência dos 10% do PIB para a Educação. O movimento de greve cresce no campus da USP, partindo da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas) para os demais cursos. Assembleias dos alunos da FAU e da ECA (Escola de Comunicação e Artes) já aprovaram greve por tempo indeterminado. Outros cursos aprovaram paralisação ou ainda vão realizar assembleia.

“Depois do grande ataque que foi a invasão da PM no campus e a prisão dos 73 estudantes, o movimento estudantil tem conseguido se organizar para mostrar que a reitoria passou dos limites, estamos mostrando que os estudantes têm força” , afirma Débora Manzano, estudantes de Letras da USP e militante da Juventude do PSTU. “A hora agora é de fortalecer o movimento, ir para os cursos e exigir explicações da reitoria para dizer porque cometeu a barbaridade que cometeu” , defende.

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