Uma grande assembléia dos trabalhadores dos correios ocorrida no dia 5 de setembro, com cerca de 800 trabalhadores, aprovou estado de greve e indicativo de início da greve para o dia 14 de setembro, com nova assembléia no dia 13, na Praça da Sé.

Os presentes na assembléia rejeitaram por unanimidade a proposta da direção dos Correios, que repõe as perdas salariais de 45%. A empresa se propõe a reajustar os salários em 5%, o vale-refeição em R$ 1,00 e o vale cesta em R$ 10,00, mantendo o piso salarial em R$ 479,90.

A proposta da empresa ataca direitos conquistados anteriormente pela categoria que são parte do atual acordo coletivo de trabalho, como na assistência médica, que aumenta o compartilhamento em mais de 50% por cento, a diminuição do período de concessão do auxílio creche de sete para seis anos, além de retroceder em várias cláusulas de caráter sindical.

Por fim, a proposta não toca na questão da isonomia de benefícios entre os trabalhadores contratados antes de 1996 e aqueles que foram contratados depois, medida adotada por várias estatais desde o ano de 2004.

Mesmo sem agitação com carro som, jornal, cartaz, camiseta, reuniões nos locais de trabalho e toda a desmobilização levada a cabo pela direção do sindicato com apoio da CUT, os trabalhadores que foram à Praça da Sé num frio de 8 graus deram seu recado à direção dos Correios: “se não negociar os Correios vão parar”.

Também nas intervenções dos companheiros da Conlutas (Coordenação Nacional de Lutas) foi denunciada a postura da direção do sindicato e a exigência de que se coloque a campanha na base, mobilizando os trabalhadores para a assembléia do dia 13 e para a greve.