Regis Ethur, membro da oposição, foi um dos perseguidos pela atual diretoria
Redação

Na última sexta-feira, 18, cerca de 2 mil trabalhadores da educação do estado do Rio Grande do Sul estiveram presentes na assembleia geral da categoria. Dentre outros temas que constavam na pauta, as servidoras e servidores votaram a suspensão imediata da ação movida pela atual direção do CPERS-Sindicato (CUT/CTB) contra nove companheiros(as) que compunham a gestão anterior.

A ação arbitrária teve o claro propósito de perseguir, caluniar, difamar e criminalizar a luta da categoria que se opõe à política da atual direção. Foi uma reação frente ao fato de a oposição ter impulsionado diversas lutas e participado do Espaço de Unidade de Ação e, em assembleia geral, ter defendido e aprovado a desfiliação do sindicato da CUT. Foi também uma tentativa de calar a oposição às vésperas da eleição sindical.

Num momento em que os educadores se encontram há mais de um ano com salários parcelados, ameaça de não recebimento do 13º salário e todos os projetos de contrarreformas em nível federal, inclusive com repressão aos que resistem a tais ataques, os métodos da atual direção do CPERS só enfraquecem a organização do setor da educação no combate a esses ataques.

Para a decisão sobre o recurso, foi realizada votação em urna. Por 870 votos a 601, a assembleia geral do sindicato revogou a suspensão dos direitos políticos e aprovou o fim da criminalização dos dirigentes da oposição.

Foi uma grande vitória contra uma direção burocrática, e impulsiona a categoria para abrir a perspectiva de termos um sindicato novamente combativo e de luta. Viva a luta dos trabalhadores em educação!
Por Aline Costa, de Porto Alegre (RS)