Nesta terça-feira, 8, com 1500 estudantes, realizou-se uma das maiores assembléias da história do movimento estudantil na USP. Por aclamação, os participantes aprovaram a continuidade da ocupação da reitoria e o indicativo de greve para o dia 16 próximo. Foi feito, também, um chamado aos professores, estudantes e funcionários das demais universidades estaduais paulistas para se somarem à proposta de greve.

Além disso, por unanimidade se votou pela entrada do DCE da USP na Frente de Luta Contra a Reforma Universitária do Lula. O DCE, dirigido pelo PT e pelo PCdoB, apesar de se omitir desde o início da ocupação, não teve coragem de defender contra essa proposta.

Antes da assembléia, houve uma negociação com a reitora em que os estudantes conseguiram algumas vitórias: 329 novas moradias; posicionamento da reitoria sobre os decretos do governador José Serra no próximo Conselho Universitário; audiência pública com a reitora; nenhuma punição aos estudantes ocupantes; encaminhamento de algumas reformas de prédios em precárias condições.

Apesar da vitória parcial, os estudantes entenderam que o movimento vem crescendo e que é possível conquistar mais vitórias e fortalecer ainda mais as mobilizações para a greve, assim mantiveram a ocupação. A negociação com a reitoria está longe de resolver os problemas da USP. Faltam, ainda, pontos importantes a serem resolvidos: contratar professores para acabar com o déficit decorrente da reforma da Previdência de 2003; ampliar o número de moradias; melhorar a infra-estrutura dos prédios; construir o prédio do curso de Letras, o maior curso do Brasil, que há 30 anos funciona num prédio provisório; construção do prédio da Faculdade de Fonoaudiologia, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Fofito).

Os apoios de entidades do Brasil e internacionais seguem chegando, demonstrando que o movimento vem ganhando força.

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