Os trabalhadores da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) da mineração Casa de Pedra, em Congonhas (MG), aprovaram o início de uma greve da categoria. A decisão foi tomada em assembléia geral na rodoviária da empresa.

Os mineradores reivindicam 10% de aumento real, recuperação de 32% das perdas salariais sofridas desde a privatização e vale-supermercado de R$ 300. Além disso, eles também exigem o piso salarial do Dieese, fim do banco de horas e restabelecimento de todos os benefícios que existiam quando a empresa era estatal. A campanha faz parte da campanha de reestatização de antigas estatais como a própria CSN e a Vale.

O Sindicato Metabase de Congonhas, Ouro Preto e Região e a Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas) organizam a mobilização da greve e convocam todo o movimento social a apoiar a mobilização dos trabalhadores da Mina Casa de Pedra.

Em Volta Redonda, sindicato atua como “tartaruga”
A política do PCdoB no Sindicato dos Metalúrgicos de Volta Redonda impediu a realização de uma greve nacional de toda a CSN. Isso porque, desde o início, o sindicato insiste em fazer uma campanha morna, muito menor do que a revolta dos trabalhadores com a empresa.

A direção do sindicato fez de tudo para que o acordo coletivo não desse certo. Não cumpriu o compromisso fechado com o Sindicato Metabase de reivindicar as perdas históricas, não realizou o plebiscito sobre a PLR e não encaminhou a campanha de forma unificada.

Enquanto a mineração discutia a possibilidade da greve, o sindicato dos metalúrgicos convocou uma “operação tartaruga” e “boicote ao refeitório” em vez de preparar a categoria para a greve nacional. O resultado dessa política culminou com a aprovação do acordo na assembléia do dia 2 de junho em Volta Redonda.

Mesmo com o banho de água fria da notícia da aprovação em Volta Redonda, a assembléia em Congonhas aprovou a greve e convoca os trabalhadores da Usina Presidente Vargas a juntarem-se a essa luta.