Coordenação Nacional de Lutas está presente em 21 estados e no Distrito FederalSuperando os prognósticos mais pessimistas daqueles que ainda estão atrelados à CUT e ao governo Lula, hoje a Conlutas já é uma realidade nacional, marcando presença em nada menos que 21 estados brasileiros, em todas as regiões, além do Distrito Federal. O crescimento da Coordenação Nacional de Lutas desde o Encontro Nacional Sindical em Luziânia, há dois anos, é expressão da ruptura com a CUT, que ocorre em todo o país e, embora com algumas desigualdades, em todas as categorias.

A ruptura com a CUT e o crescimento da Conlutas
Apesar da ruptura com o governo e sua central ter ocorrido primeiramente entre os servidores públicos, a categoria mais atacada pelo governo logo em seu primeiro ano de mandato, esse processo atinge também importantes setores dos trabalhadores da iniciativa privada. Prova disso é a atual composição da Conlutas que congrega, além de expressivos sindicatos do funcionalismo, entidades de peso dos trabalhadores como o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (SP), Federação Democrática dos Metalúrgicos de Minas Gerais, Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil de Fortaleza, da Construção Civil de Belém do Pará, Comerciários de Nova Iguaçu (RJ), dentre outros.

Os movimentos sociais também rompem com o governo e passam a apostar suas fichas na construção da Conlutas. A política de Lula de benefícios ao setor agro-exportador e o aumento da repressão no campo mostram claramente de que lado o governo está. Desta forma, vários acampamentos do MTL (Movimento Terra Trabalho e Liberdade) em Minas Gerais e Goiânia estão construindo a Conlutas, forjando no campo um instrumento de luta pela reforma Agrária.

Unidade com quem luta
A expansão da Conlutas também rebate os argumentos que romper com a CUT significava o isolamento. A CUT, por outro lado, vê cada vez mais sindicatos se desfiliarem. O perdão das dívidas de centenas de sindicatos com a Central demonstra o esforço desesperado da CUT para garantir a participação dos sindicatos filiados no Concut, que se realizará este ano.

Por sua vez, a Conlutas aglutina cada vez entidades e vai se tornando um pólo de resistência aos ataques do governo que se expressa nas campanhas gerais, como foi a luta contra a reforma Sindical e Trabalhista, contra a corrupção e a política econômica do governo, o apoio às campanhas salariais das categorias e às manifestações como o recente 8 de março, Dia Internacional da Mulher Trabalhadora (leia na página 9). A Coordenação Nacional de Lutas compareceu aos atos imprimindo às manifestações um claro caráter classista e de luta. Neste momento, está encaminhando a campanha pela anulação da reforma da Previdência e a campanha pela valorização do salário mínimo.

Conat: fato histórico
O Conat, que se realizará nos dias 5, 6 e 7 de maio, será sem dúvida o catalisador de todo um processo. A fundação de uma nova alternativa nacional de luta dos trabalhadores será um evento histórico que marcará um novo momento da organização do movimento operário e popular no Brasil.

O número de entidades e oposições sindicais que anunciam sua participação no Congresso cresce a cada dia. A tabela abaixo dá uma idéia dessa participação, tomando como base o cadastramento das entidades concluído em dezembro de 2005. A cada dia novas entidades seguem anunciando sua participação no congresso, indicando que este será um evento vitorioso.

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