15 de fevereiro: dia mundial de luta contra a nova guerra colonial de Bush. Novamente a Europa e o Oriente Médio serão sacudidos por manifestações de massas. Também nos Estados Unidos milhares sairão às ruas.
No Brasil, é preciso organizar também manifestações contra a invasão ao Iraque e contra a Alca, pois neste dia ocorrerá uma nova rodada de negociações para transformar a América Latina e o Brasil em colônias dos EUA.
Bush faz soar os tambores da guerra. Ele quer se apropriar da segunda maior reserva de petróleo do mundo, colonizar o Iraque e o Oriente Médio.
Simultaneamente, Bush avança em outra frente, que promete fazer um número similar de mortos, só que de fome: acelera a recolonização da América Latina. No mesmo momento em que os Estados Unidos estarão despejando bombas no Iraque, darão também um passo decisivo para a implantação da Alca.

A mobilização pode derrotar a guerra e a ALCA

Bush quer tirar os Estados Unidos da crise econômica, avançando sobre as riquezas do resto do mundo, colonizando os demais países, aumentando a exploração sobre os trabalhadores e transferindo renda e riquezas para seus bancos e multinacionais.
Para financiar a guerra e acelerar a Alca, Bush utiliza-se da dívida externa e dos acordos com o FMI. Para isso, conta com a subserviência de governos que não se dispõem a romper “contratos” com o mercado financeiro dominado pelo imperialismo ianque.
Mas há muitas pedras no caminho do imperialismo. As mobilizações que vêm ocorrendo pelo mundo podem derrotar Bush. Manifestações massivas contra a guerra vêm sacudindo a Europa, o Oriente Médio e, inclusive, os EUA. A Intifada Palestina não pára. Levantes e insurreições vêm percorrendo a América Latina contra os planos do FMI. A rejeição à Alca é enorme entre os de baixo.
Nessa guerra, não cola mais a máscara “humanitária” e “democrática” ou a cantilena de que o Iraque tem “armas de destruição massiva”. Todo mundo sabe que esta é uma guerra para roubar o petróleo dos árabes.
Quanto à Alca, o governo Lula, infelizmente, não está disposto a respeitar o plebiscito popular realizado ano passado. Não contente em seguir com as negociações, vai entregar as “propostas brasileiras” – pelo menos para a abertura dos setores de agricultura, indústria e serviços – que foram formuladas por FHC, no prazo estipulado, conforme relatou o ministro Celso Amorim em reunião com a CUT.
A campanha contra a Alca, entretanto, continua. O abaixo-assinado exigindo um plebiscito oficial foi lançado no III Fórum Social Mundial. As milhares de assinaturas colhidas em Porto Alegre demonstram que esta nova fase da campanha pode ter um tremendo sucesso.
É tarefa de todos os sindicatos, entidades e ativistas articular manifestações nos Estados para dizer NÃO à guerra contra o Iraque e NÃO à guerra contra os trabalhadores e a soberania nacional.
Vamos tomar as ruas dia 15 contra a guerra e a Alca! Exijamos que Lula se posicione contra a agressão imperialista e apóie o Iraque, com comida, remédios e armas, rompa os contratos com os EUA, suspenda o pagamento da dívida e saia das negociações da Alca. Ao não fazer isso, o governo brasileiro estará ajudando a financiar as bombas que o imperialismo vai despejar sobre o Iraque.
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