Petro Poroshenko , presidente eleito, é um dos maiores burgueses ucranianos, que levaram o país à situação atual

A primeira e mais importante definição sobre a Ucrânia é que nesse país se iniciou um processo revolucionário cuja primeira fase culminou com a derrubada de Yanukovych em fevereiro de 2013

Grande parte da esquerda mundial, agrupada na corrente castro-chavista, saiu em defesa desse governo corrupto agente da oligarquia e do imperialismo, argumentando que se tratava de um golpe da direita. Querem deturpar o fato incontestável de que um governo identificado com a opressão russa foi derrubado por uma ampla e prolongada mobilização popular.
A grande argumentação do castro-chavismo é a força de setores neonazistas na mobilização e no novo governo. No entanto, as eleições de junho passado, depois da rebelião de Maidán, mostraram o peso real desses setores. O principal grupo neonazista Svoboda (Liberdade) retrocedeu dos 10,5% conseguidos nas eleições de 2012 para 1,17% dos votos. O Praviy Sektor (Setor da Direita) – outro grupo neonazista – teve 0,67%.
Na verdade, o grande fato é que as grandes rebeliões populares que sacudiram o Egito, a Tunísia chegaram à Europa. Trazem a força impressionante das massas nas ruas, com episódios emocionantes como a resistência de milhares de pessoas na Praça Maidán, mesmo sob o fogo de franco atiradores enviados por um governo cada vez mais autoritário. Essa massa rebelada se auto-organizava e passou por cima das direções que propuseram um acordo com Yanukovych propondo eleições em dezembro. Um ativista tomou o microfone, rejeitou o acordo e disse que se Yanukovych não saísse, na manhã seguinte a multidão invadiria o palácio para buscá-lo. Logo depois, o presidente fugiu, e as massas ocuparam os prédios públicos.
Ao mesmo tempo, essas gigantescas mobilizações trazem ao primeiro plano as inúmeras confusões causadas pelo retrocesso na consciência pós leste europeu e, sobretudo, pela ausência de uma direção operária revolucionária de massas que se postule como direção para o processo. Isso se demonstra na fragilidade dessa auto-organização que logo se dissolveu, na ausência do proletariado organizado como classe, nas expectativas na União Europeia.
As massas em movimento foram capazes de derrubar um governo, mas por si só foram incapazes de construir uma alternativa. Assim, foi possível para a burguesia Ucraniana canalizar a grande rebelião de Maidán para a democracia burguesa, pela via da reação democrática, elegendo Poroshenko com 54% dos votos. Um dos maiores burgueses ucranianos – um dos oligarcas que levou o país à situação atual – capitalizou uma heroica mobilização de massas.
Na realidade, se trata do segundo episódio de rebelião popular que derruba um governo no passado recente. Em 2004, a chamada “revolução laranja” evitou que o mesmo Yanukovych chegasse à presidência por uma fraude eleitoral gigantesca.
Mas a mecânica do processo revolucionário segue atuando. A decadência do país e a miséria do povo, que só vêm se agravando desde a restauração do capitalismo, foram as bases materiais que geraram a revolução laranja e o atual Maidán.
Isso vai se aprofundar enormemente com o plano do FMI assumido pelo novo governo. Vão ser privatizados os gasodutos (que transportam o gás que vem da Rússia para a Europa) e as minas, aumentados em 50% o preço do gás, em 40% as tarifas de eletricidade, reduzidos brutalmente os subsídios, demitidos 20% dos funcionários públicos. A desvalorização em 50% da moeda ucraniana já tornou os produtos importados muito mais caros. O acordo de livre comércio com a União Europeia, assinado agora a 27 de junho, vai abrir completamente as fronteiras Ucrânianas aos produtos europeus, acelerando a decadência e a desindustrialização do país.
O outro motor do processo revolucionário é a questão nacional. A Ucrânia é um país independente só desde 1991. Foi oprimida pelo tzarismo e pelo stalinismo que acentuaram o chauvinismo gran russo. Foi ocupada pelo nazismo. Mesmo depois de sua independência formal, segue sendo duramente oprimida pela Rússia e pelo imperialismo europeu.
Nada virá de progressivo da Rússia, a submetrópole a seu lado, que quer manter o controle majoritário da economia do país. Menos ainda da União Europeia. O acordo de livre comércio com a União Europeia, a aplicação do plano do FMI e a privatização dos gasodutos compõem passos qualitativos na recolonização da Ucrânia. O país pode ser considerado a partir desses acordos uma semi colônia da União Européia.
As expectativas do povo ucraniano na UE contrastam fortemente com a realidade no resto do continente. Na mesma data em que se elegia Poroshenko, as eleições europeias indicavam um fenômeno oposto: uma abstenção gigantesca e a derrota dos partidos socialdemocratas e da direita tradicional na maioria dos países europeus mostravam um profundo desgaste da União Europeia perante os trabalhadores do continente.
Só o proletariado ucraniano, se recompuser sua consciência de classe e assumir uma postura independente das distintas opções burguesas associadas ao bloco da EU e de Putin, poderá apontar uma alternativa revolucionária socialista para construir a Ucrânia independente, livre e unida. E isso se expressa na construção de um partido, uma direção que encare a luta para colocar a classe operária no poder.
Uma história de grandes derrotas
A Ucrânia é um dos maiores e mais populosos países da Europa. Seu território é maior que o de todas as potências imperialistas do continente como Alemanha, Itália, Inglaterra, França, Espanha. Tem terras muito férteis, é considerada o celeiro da Europa ( foi o terceiro maior exportador de grãos do mundo em 2011), e um parque industrial desenvolvido.
No século XVIII, a Ucrânia estava dividida entre o Império Austro-húngaro (Ucrânia Ocidental) e o Império Russo (Ucrânia Oriental). A revolução de 1917 gerou a República Socialista Soviética Ucrâniana na parte oriental que depois se unificou com a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, criada em dezembro de 1922. No lado ocidental ocorreu uma revolução com final diferente: formou a República Popular de Ucrânia Ocidental que foi derrotada e incorporada à Polônia.
No curto período dos sete primeiros anos da revolução russa, avançou a solução do problema nacional na República Socialista Soviética Ucrâniana, com uma recuperação linguística e cultural de grande importância, que foi chamada de ucranização. Era um exemplo para a outra parte do país que estava sendo naquele momento escravizada pela Polônia, assim como para todos os povos oprimidos do continente.
No entanto, a contrarrevolução stalinista reverteu brutalmente tudo isso. A russificação forçada do país reprimiu violentamente qualquer pretensão independentista. Ao problema nacional se ligou toda uma violenta comoção social. A coletivização forçada dos campos imposta pelo stalinismo em toda a União Soviética encontrou forte resistência no campesinato do país, o que causou de cinco a seis milhões de mortos. A unidade na URSS que começava a se consolidar pelo convencimento se converteu em uma tendência centrífuga, de ódio das massas Ucrânianas contra a opressão russa.
O acordo de Stalin com Hitler em 1939 possibilitou que o exército vermelho invadisse a Ucrânia Ocidental e reunificasse o país sob as botas russas. Quando os exércitos nazistas rompem o pacto com Stalin e ocupam a Ucrânia, se deu um episódio que revelou completamente o fracasso stalinista na resolução da questão nacional Ucrâniana: houve regiões da Ucrânia Ocidental em que os nazistas foram recebidos como libertadores. Mas a ocupação nazista gerou também uma forte oposição do povo ucraniano.
Ao final da Segunda Guerra Mundial, a maior parte da Ucrânia foi reunificada sob controle da URSS, se estabelecendo de novo um estado operário burocratizado e submetido à burocracia russa.
A independência associada à restauração do capitalismo
A derrubada das ditaduras stalinistas no leste europeu, em 1991, possibilitou a convocação de um referendo que decidiu pela independência do país. A Ucrânia existe como Estado independente somente há 23 anos em plena Europa. Tem um sentimento nacional exacerbado pela opressão e ao mesmo tempo um estado frágil, incapaz de se impor perante as potências opressoras.
A independência do país, longamente ansiada, não trouxe, no entanto, a melhoria esperada. A restauração do capitalismo trouxe uma forte decadência econômica, com retrocesso de 60% do PIB entre 1991 e 1999. O nível de vida dos trabalhadores foi duramente golpeado, perdendo conquistas como o pleno emprego e serviços públicos de qualidade. O povo conheceu novamente a miséria.
Os burocratas que controlavam o país se apossaram das empresas estatais se convertendo nos novos burgueses. São os chamados oligarcas do país, novos bilionários que compõem a elite governante. Tem as características de exploração típicas de qualquer burguesia associadas a brutalidade das burocracias.
Esse não é um fenômeno só da Ucrânia, mas de todo o leste europeu. Na Rússia, Abramovich, o novo burguês que se apropriou da empresa estatal de petróleo russa, a revendeu por US$ 13 bilhões. É o atual proprietário do Chelsea, um dos maiores times de futebol da Inglaterra.
Akhmetov, o maior oligarca ucraniano se apossou das minas estatais e é o proprietário do Shaktar, o time de futebol mais importante do país. Ele teve relações muito estreitas com Yanukovych e agora defende a União Europeia. Yulia Tymoshenko, uma das líderes da revolução laranja contra a dominação russa, é uma das mulheres mais ricas do país e já foi presa por uma gigantesca corrupção nas negociações do gás com a mesma Rússia. Yanukovych já foi preso por roubo e é um corrupto descarado. Seu palácio com torneiras de ouro foi visitado pelas massas rebeladas do Maidán.
A burguesia Ucraniana se divide entre um setor que depende mais das exportações para a Rússia e outro que se orienta para a União Europeia. Muitas vezes, um setor oscila de um lado para o outro em função de seus interesses imediatos. Todos eles dependem do capital financeiro internacional.
Poroshenko, o novo presidente eleito, é parte da mesma oligarquia. É dono da maior fábrica de chocolates, de várias empresas de produção e venda de automóveis e de um canal de TV. Foi presidente do Banco Nacional da Ucrânia por muitos anos e agente da privatização da estatal produtora de ferro que valia US$ 1 bilhão e foi vendida por US$ 80 milhões. Foi ministro do Comércio e Economia de Yanukovych, mas quando sentiu a crise, abandonou o barco e apoiou o movimento de Maidán.
Essa nova classe dominante burguesa comanda o país desde a restauração do capitalismo, mas não consegue estabilizar uma democracia burguesa. Em 2004, Yanukovych, que já era primeiro-ministro fraudou as eleições presidenciais e foi declarado eleito. O resultado foi uma rebelião, chamada de revolução laranja pela cor usada pelo candidato opositor Viktor Yushchenko nas eleições. A rebelião foi vitoriosa, resultando na primeira deposição de Yanukovych, e levou ao poder Yushchenko e sua vice Yulia Tymoshenko.
O novo governo logo se desgastou, afundado na crise econômica e na corrupção. Yanukovych ganhou novamente as eleições em 2010, para ser deposto pela segunda vez na mobilização revolucionária de Maidán no ano passado.
Agora é a vez de Poroshenko, outro membro da oligarquia, a quem cabe a imposição do mais duro plano de austeridade já aplicado ao país.
A pressão da submetrópole russa
A Rússia que surge da restauração capitalista sofreu uma queda brutal na relação mundial entre os estados. A URSS chegou a ser a segunda economia do mundo (só atrás dos EUA). A Rússia atual tem um PIB menor que o do Brasil.
Mesmo com o Estado burocratizado que limitava o crescimento do país, o povo russo tinha pleno emprego, saúde e educação gratuitos e de qualidade. Hoje, a miséria e o desemprego são partes da realidade russa, da mesma forma que em outros países capitalistas.
A Rússia é uma nova submetrópole do imperialismo, que se relocalizou no mercado mundial, agora centralmente como uma fornecedora de energia (em particular gás e petróleo). Da mesma forma como a China é uma fábrica do mundo; a Índia produz softwares e produtos de informática; o Brasil exporta minérios e produtos agropecuários; a Rússia exporta energia.
Continua possuindo um exército gigantesco e um importante arsenal nuclear. Tem bases militares fora de seu território, atuando em defesa de seus interesses como na defesa de Assad na Síria e Yanukovych na Ucrânia, ou de governos como Osetia e Armênia, no Cáucaso, ou Tadzhikistan, na Ásia Central.
Era uma superpotência que dividia os poderes em todo o mundo com o imperialismo norte-americano. Não se transformou num novo país imperialista como opinam setores da esquerda, mas numa submetrópole do imperialismo.
As submetrópoles, como Brasil e Índia, são dependentes do imperialismo e, por outro lado, exercem opressão sobre outros países mais frágeis. A Rússia é um caso especial, exatamente porque sua origem é a restauração do capital na superpotência União Soviética. Ou seja, o nível de onde cai é muito alto, muito maior do que qualquer outra submetrópole.
Exerce uma pressão sobre os países próximos muito maior que outras submetrópoles. A opressão é maior ainda sobre os países do leste, em particular os que eram partes da antiga União Soviética e vizinhos como a Ucrânia. A Rússia é seu maior parceiro comercial, absorvendo mais de 30% de suas exportações. Pela Ucrânia, passam os gasodutos que levam o gás russo para toda a Europa, assim como todo gás consumido pela própria Ucrânia.
Nesse momento, Putin está pressionando o novo governo ucraniano a pagar a mais pelo gás. Ameaça com a suspensão do fornecimento, que teria consequências gravíssimas por afetar a calefação das casas em regiões extremamente frias.
À opressão secular do passado tzarista e stalinista, se soma a pressão capitalista russa atual sobre a Ucrânia.
O impasse no Leste ucraniano
Como afirma a Declaração da LIT sobre Ucrânia, a bronca contra o governo de Kiev e seu plano do FMI está sendo desviada por direções contrarrevolucionárias no leste ucraniano. O movimento separatista de Donetzk e Lugansk impôs um referendo questionável e declarou a independência dessas regiões.
A possibilidade de uma luta do conjunto do proletariado ucraniano contra o governo de Kiev está sendo abortada por direções pró-russas no leste ucraniano que desenvolvem ações de milícias armadas separatistas. O governo de Kiev reagiu com uma ofensiva militar – incluindo o bombardeio de seu próprio povo por aviões – que já causou centenas de mortos. Somos contra a ofensiva de Kiev que traz consigo a recolonização do país pelo imperialismo europeu. Somos contra as ações militares das milícias separatistas.
Rejeitamos os dois blocos políticos burgueses que oprimem a Ucrânia. Somos contra o bloco ao redor do governo Poroshenko, que tem o apoio do imperialismo europeu e norte-americano. Somos contra o bloco burguês de Putin e seus agentes políticos no leste ucraniano.
Estendemos essa posição quanto ao terreno militar nos negando a dar apoio à ofensiva bonapartista de Kiev, assim como não apoiamos militarmente as ações das milícias separatistas pró-Rússia. Defendemos a unidade da Ucrânia e sua independência em relação à EU, assim como em relação a Rússia.
Defendemos que a classe operária e o povo ucraniano derrotem ambas opções burguesas e opressoras com de sua mobilização e luta auto-organizada. O proletariado do leste (como já esboçou) deve derrotar a ação dos bandos separatistas pró-russos. E o proletariado de conjunto da Ucrânia deve deter o exército de Kiev.
As propostas de cessar fogo e planos de paz do governo Poroshenko não apontam perspectivas verdadeiras de paz. Poroshenko parte de uma posição de força ofensiva, contando com a passividade de Putin. Satisfeito com a anexação da Crimeia e buscando retomar o acordo com o imperialismo, o governo russo negocia com Kiev sem garantir apoio à luta armada das milícias separatistas, que estão cada vez mais enfraquecidas.
Da mesma forma que em Maidán, no leste ucraniano operam grupos neonazistas, como o Batalhão Vostok e a Oplot, que chamam essa região com a denominação tzarista de Novorusia. Ao contrário do que afirmam as correntes castro-chavistas, existe um peso considerável no leste desses setores neonazistas.
Em primeiro lugar, porque Putin tem o apoio ativo de inúmeros grupos neonazistas na Rússia que estão diretamente envolvidos na luta armada do leste ucraniano. Putin não dirige um governo fascista, mas bonapartista autoritário. Mas é apoiado por inúmeros grupos neofascistas. Um exemplo é a União Euroasiática da Juventude, uma organização de extrema-direita pró-Putin, fundada pelo neofascista russo Aleksandr Dugin.
Putin tem o apoio também da extrema direita europeia, como de Marine Le Pen, líder da Frente Nacional, que disse que “Ele está consciente de que defendemos valores comuns”. O líder do partido austríaco de extrema-direita, Partido da Liberdade (FPÖ), Heinz Christian Strache, identificou Putin como “um puro democrata, com um estilo autoritário”.
O movimento ao redor de Maidán gerou grandes mobilizações de massas. Isso não ocorre no leste ucraniano, em que os enfrentamentos envolvem essencialmente as milícias separatistas, de um lado, e o exército de Kiev por outro. Pode ser que essa realidade tenha uma explicação na situação das massas do leste. Não existem grandes mobilizações porque não existe – ao menos até o momento – uma disposição dos trabalhadores de arriscar suas vidas pela causa separatista. Pode ser porque estão contra o governo de Kiev, mas desconfiam dessas direções pró-russas. Pode ser que apoiem a independência, mas não a anexação à Rússia que é defendida por essas milícias separatistas.
Até esse momento, é um fato que essas direções separatistas não conseguiram gerar grandes mobilizações. Outro fato é que retrocederam em suas bases, perdendo Harkov, Odessa e Mariupol, estando centradas em Donetzk e Luganks.
O proletariado ucraniano do leste é o maior e mais concentrado do país. Tem uma enorme tradição histórica de lutas. Sua vanguarda foram os mineiros do Donbass, que tiveram sua expressão máxima nos processos de luta contra Gorbachov, Kravshuk e todo o aparato do PCUS desde 1989 até 1991. Logo perderam força e organização, e seus dirigentes foram cooptados pelos novos oligarcas.
Apesar do peso da língua russa e da atração pelo nível de vida na Rússia (que apesar de toda a crise ainda é bem superior à vida na Ucrânia), não se pode considerar esse proletariado mecanicamente como uma base de apoio do movimento separatista. Basta lembrar que, em 1991, o povo ucraniano como um todo, inclusive no leste, votou pela independência em relação à Rússia, com mais de 90% dos votos.
Dessa região, estão se gerando incipientes pontos de apoio operários para uma alternativa contrária aos separatistas e favoráveis a uma luta unificada do conjunto do proletariado ucraniano, como em Krivoy Rog, Krasnodon e Chernograd.
O processo revolucionário na Ucrânia recém se inicia. Terá ascensos e refluxos. Terão outros desdobramentos com a implementação dos planos do FMI e o inevitável desgaste do governo do oligarca Poroshemko.
É nesses ainda frágeis pontos de apoio que deve se construir uma nova alternativa, formar um terceiro campo, ao redor do proletariado, independente dos dois blocos burgueses – o do governo pró União Europeia e do pró-Rússia – assim como de qualquer um dos setores da oligarquia burguesa. É necessário apontar uma perspectiva estratégica da revolução socialista com os trabalhadores no poder, a única alternativa para conseguir uma Ucrânia livre, independente e unificada.
Para isso, será necessário unificar a vanguarda revolucionária num partido socialista que resgate a tradição bolchevique de resposta à questão nacional.

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