O 10° Congresso Estadual da CUT do Rio Grande do Sul contou a com a participação de 721 dos 735 delegados eleitos na base.

A Articulação contou com a ajuda da Corrente Sindical Classista (CSC) e da CUT Socialista e Democrática (CSD) para aprovar resoluções que apenas se propõem a alterar reformas governistas, com críticas pontuais. As propostas que denunciavam a submissão do governo às exigências do FMI e do capital financeiro foram, em geral, rejeitadas. As três correntes governistas (Articulação, CSC e CSD) detinham quase 80% do congresso. Apesar disso, a participação da CUT na campanha contra a ALCA, com a defesa do Plebiscito, e a suspensão do pagamento da dívida externa foram aprovadas por unanimidade.
Antes das votações polêmicas sobre as questões nacionais, a Articulação e a CSC conseguiram abortar os grupos de discussão, previstos no regimento, acabando com qualquer debate.

O congresso terminou com a vitória da chapa 1, composta somente pela Articulação. O Movimento por uma Tendência Socialista (MTS) se empenhou em construir uma chapa que unisse a esquerda da CUT em torno de posições políticas, com o grupo que se aglutina ao redor do Centro de Desenvolvimento de Estudos Socialistas (CEDES), que têm grande afinidade com MTS, e o Movimento de Esquerda Socialista (MES), da deputada Luciana Genro. Infelizmente, o MES fez questão de se aliar à CSD. Nessas condições, o MTS decidiu integrar a chapa 2, para garantir democraticamente sua representação na próxima gestão da CUT . Apesar disso, na defesa da chapa, a dirigente do MTS, Vera Guasso, deixou claro que a chapa representava uma junção de diferentes posições, e não uma identidade política. A não confirmação dos cálculos que previam a vitória da chapa 2 suscitou dúvidas sobre o empenho das correntes que a integram para garantir a vitória.

RESULTADO RS
Articulação
364 votos – 50,98%

CSD,CSC, MES, MTS, MSTD (com votos do CEDES)
350 votos – 49,02%

Post author David Landau,
de Porto Alegre (RS)
Publication Date