Durante toda a semana passada, militantes do PSTU de Aracajú (SE) realizaram panfletagem do Boletim Nacional do partido convocando à mobilização nacional no dia 23 de maio contra as reformas neoliberais do governo Lula.

No dia 7 de maio, aconteceu uma mobilização no Incra. No dia 9, pela manhã, foi realizada uma grande agitação no Hospital João Alves, o maior da rede pública da cidade. À tarde, a mobilização foi no Ibama, órgão que o governo tenta extinguir para acelerar a implementação do PAC. No dia seguinte, os militantes se manifestaram no portão de entrada da UFS (Universidade Federal de Sergipe).

Na sexta, houve manifestação em frente a uma revendedora da Volkswagen para denunciar a prática da empresa de demitir trabalhadores que lutam por seus direitos, bem como exigir a reintegração dos diretores do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC paulista aos seus postos de trabalho.

Categorias realizam assembléias
Várias categorias estão realizando assembléias e discutindo o dia 23 como parte de seu calendário de luta. Os servidores do Estado encontram-se em campanha salarial, já que, em seu primeiro mandato no governo do estado, Marcelo Deda (PT) já mostra que não vai governar para os trabalhadores. Ele apresentou uma proposta de reajuste salarial de 2,96%, dizendo que não pode descumprir a lei de responsabilidade fiscal e que “herdou” muitos problemas do governo anterior, João Alves (PFL). Porém há um sentimento de luta na base das categorias, forçando as direções dos sindicatos, em sua maioria cutistas, a realizarem mobilizações.

Os policiais civis já fizeram um dia de paralisação e decidiram parar nos dias 23 e 24. Os professores farão assembléia para decidir a paralisação no dia 23, já que esta data faz parte do calendário da CNTE.

O sindicato dos médicos também decide em assembléia sobre indicativo de greve, já com paralisação de 24h na nesta segunda-feira, 14. Os trabalhadores da saúde estão realizando assembléias nos locais de trabalho e devem resolver paralisar no mesmo dia que os médicos.

A maioria dos sindicatos do funcionalismo público federal tem assembléias marcadas e, provavelmente, indicará paralisação no dia 23.

Os petroleiros indicam paralisação dia 23
Os petroleiros estão realizando assembléias em todas as unidades de trabalho para discutir o Plano de Cargos e Salários apresentado pela Petrobrás. É um plano que não beneficia os trabalhadores, mas, ao contrário, divide a categoria e proporciona o avanço dos serviços terceirizados dentro da empresa. Por compreender que esse plano é um ataque aos trabalhadores, o Sindipetro-AL/SE debate com a categoria a rejeição do plano, proposta essa aprovada por unanimidade em todas as assembléias realizadas até o momento.

Como parte da luta por um Plano de Cargos e Salários, o sindicato propõe que se avance na conquista de direitos aos trabalhadores. Em todas as assembléias, também está sendo definido o dia 23 de maio como um dia de luta dos petroleiros.