Em assembleia no dia 11 de maio, os trabalhadores da Educação estadual de Minas Gerais decidiram continuar em greve. A paralisação já dura 33 dias. Compareceram cerca de 12 mil trabalhadores, todos conscientes de que é preciso que se mantenham unidos para obter conquistas.

Esta é uma greve heróica, construída pelos professores, um a um, que enfrentam todas as ameaças do governo sem desistir de lutar por salário digno. Atualmente, um professor do Ensino Médio recebe piso salarial de R$ 550. Uma professora do primário receber R$ 400 de salário base, chegando a apenas R$ 850 se somados os benefícios.

A isso se soma o sucateamento do IPSEMG, o instituto de saúde dos
servidores de Minas Gerais, que o ex-governador Aécio Neves e seu substituto Antônio Anastasia querem privatizar. Os servidores de Minas sofrem meses na fila até conseguirem atendimento.

Após a assembleia, aconteceu um ato. Os trabalhadores foram em caminhada até a praça da Liberdade, antiga sede do governo, que agora mudou para o Centro Administrativo, na região norte da cidade. Chegando lá, o batalhão de choque da Polícia Militar aguardava com cassetes e cães. O helicóptero da PM sobrevoava a passeata. Todo o aparato repressivo estava presente para atacar os educadores.

Um representante da Conlutas disse que o papel da polícia era reprimir o movimento. Ele defendeu que, ao invés de colocar a polícia para reprimir os pobres e os trabalhadores nas favelas ou nas manifestações, o governo deveria investir na Educação e na Saúde, pagando um salário de verdade aos trabalhadores e não gastando bilhões na construção do Centro Administrativo, por exemplo.

A próxima assembleia será no dia 18 de maio, às 14h, no pátio da Assembleia Legislativa.

*Gustavo Olimpio é pré-candidato a deputado federal pelo PSTU