A semana do 8 de março começou com as mulheres em luta na cidade de Natal. No dia 4, mais de 100 trabalhadoras terceirizadas encheram a galeria da Câmara de Vereadores para exigir que não fossem demitidas pela prefeitura. O Mandato de Amanda Gurgel organizou as trabalhadoras para lutar contra as demissões e perseguições políticas que estão sofrendo pelas empresas terceirizadas.

No dia 6, a audiência pública convocada por Amanda com o tema “A Violência contra as mulheres na cidade de Natal e as políticas de proteção” mobilizou as principais organizações feministas da cidade.
O debate teve como centro a falta de estrutura e recursos que os governos destinam às políticas de proteção às mulheres. Amanda destacou que não basta que as mulheres estejam à frente dos governos, “temos uma presidenta mulher, uma governadora mulher e até o ano passado uma prefeita mulher e isso não garantiu que a vida das mulheres trabalhadoras melhorasse”, disse. A vereadora denunciou o ínfimo orçamento, de 0,05%, que a prefeitura de Natal destina às políticas de proteção a mulher, assim como os 0,003% do governo Dilma. “Dessa forma, a Lei Maria da Penha não sai do papel”, disse.

No dia 8, centenas de mulheres saíram nas ruas do centro de Natal em um ato construído por várias organizações feministas, sindicatos, entidades estudantis e os partidos PSOL e PSTU. Amanda denunciou a violência física, mas também a violência institucional cometida pelo Estado e pelos governos contra as mulheres, assim como denunciou o ACE e a reforma do código penal. “Nosso Mandato está a serviço da luta das mulheres trabalhadoras, mas acreditamos que a sociedade capitalista não é capaz de acabar com o machismo e a luta das mulheres deve ser também uma luta contra este sistema que explora e oprime”, disse Amanda.
Infelizmente, o PT e a CUT resolveram realizar um ato claramente governista.

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