Redação

 

  • 1994O Movimento Pró-PSTU chama o Fora Itamar e o FMI!
    Fevereiro – 1º Encontro de Mulheres do Movimento Pró-PSTU
    3, 4 e 5 de junho- Realiza-se, em São Paulo, o Congresso de Fundação do PSTU. Com 195 delegados e 73 convidados, foram debatidos e aprovados o programa e os estatutos do novo partido. “Agora vai! Dá-lhe peão! Tem um partido pra fazer revolução!”, foi o grito que ecoou no plenário, sintetizando a necessidade da revolução socialista e a concepção do partido como instrumento para esse objetivo.
    12 de junho – Os militantes do PSTU José Luiz e Rosa Sundermann são brutalmente assassinados em sua residência, em São Carlos (SP). Rosa tinha acabado de ser eleita para a Direção Nacional do partido. O crime gerou uma enorme campanha internacional de solidariedade ao PSTU e aos familiares, exigindo a imediata apuração do crime. Todas as evidências apontam para os usineiros da região como mandantes do crime.
    Agosto – O Jornal do PSTU (no 23) faz um chamado ao PT a mudar os rumos da campanha de Lula.
    Setembro – O PSTU recusa-se a assinar o programa da Frente Brasil Popular, um programa de crescimento econômico e distribuição de renda baseado em um amplo acordo entre governo, trabalhadores e empresários. O PSTU propõe que Lula rompa com o FMI, estatize o sistema financeiro e não pague a dívida.
    Outubro – O PSTU se apresenta, pela primeira vez, às eleições, com candidatos proporcionais.
    Lula perde no primeiro turno. O PSTU analisa: “A opção por perseguir a via eleitoral e institucional em detrimento da ação direta e o abandono da independência de classe em troca de alianças com a burguesia tiveram como resultado o rebaixamento do programa do PT”.
    Militante do PSTU e dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Antonio Donizeti, o Toninho, viaja para a Bósnia-Herzegovina, no 5o Comboio de Ajuda Operária à Bósnia.

     

  • 1995
  • 5 de janeiro – Inicia-se a campanha de legalização do PSTU. Brigadas de militantes percorrem 11 estados e filiam 12.742 pessoas.
    Maio – Durante 30 dias, 45 mil petroleiros enfrentaram a intransigência do governo FHC, que se recusou a negociar. A greve enfrentou o Tribunal Superior do Trabalho e o Exército, que ocupou quatro refinarias para obrigar os petroleiros a voltar ao trabalho. O PSTU denunciou a traição da direção da CUT, que recusou-se a chamar a greve geral e articulou a saída negociada.
    7 de junho – O PSTU dá entrada no registro legal.
    Conferência Internacional do PSTU aprova a adesão à LIT.
    Novembro – O Cadernos Desafio – Raça e Classe, lançado na marcha dos 300 anos de Zumbi, traz proposta de programa, classista e revolucionário, contra o racismo.

     

  • 1996

  • 17 de abril – 19 trabalhadores são executados pela PM, no massacre de Eldorado dos Carajás (PA).
    31 de maio – Sai o Opinião Socialista, novo jornal do PSTU. Por dois anos e 85 edições, desde a fundação, o Jornal do PSTU foi um dos mais regulares órgãos da imprensa da esquerda.
    18 de maio – PSTU lança candidato próprio, Valério Arcary, à Prefeitura de São Paulo.
    14 e 15 de dezembro de 1996 – Realiza-se em São Paulo o primeiro Encontro Nacional do Movimento por uma Tendência Socialista (MTS). 
  • 1997
  • Marcha dos Sem-terra a Brasília. O PSTU estava lá apoiando a luta e repudiando o massacre de Eldorado.
    1o de outubro – Num ato na Uerj, no Rio de Janeiro, com 400 pessoas, o líder do “Fora Collor” e deputado federal Lindberg Farias rompe com o PCdoB e entra no PSTU. Quatro anos depois, rompe para se eleger e se tornar um dos parlamentares mais à direita do PT.

     

  • 1998
  • O partido realiza o 1o Encontro Nacional de Negros e Negras.

    Abril – O PSTU lança José Maria de Almeida, metalúrgico e da direção da CUT, para a Presidência.

     

  • 1999
  • 20 e 21 de fevereiro – Numa conferência em Niterói (RJ), 75 delegados e 60 convidados aprovam o lançamento da Juventude do PSTU.
    21 de abril – Grande ato pelo Fora FHC e o FMI, em Ouro Preto (MG)
    26 de agosto – FHC acorda com uma visita incômoda nos jardins do Palácio do Planalto. Uma multidão de trabalhadores e jovens do Brasil inteiro se reúne num dos maiores atos de protesto contra o governo. A Marcha dos Cem Mil exige Fora FHC e FMI. Em nome do PSTU fala Zé Maria, que em dois momentos levanta a multidão: quando pede que os que estão a favor do Fora FHC e o FMI levantem os braços (resposta positiva, imediata e unânime) e quando puxa a palavra-de-ordem Fora já, fora já daqui, fora FHC e o FMI.
    Novembro – Sai o número zero da revista Ruptura Socialista, publicação da Juventude do PSTU.

     

  • 2000
  • 21 e 22 de janeiro – Uma insurreição varre o Equador. Os indígenas-camponeses tomam Quito, com estudantes, operários e setores das Forças Armadas, que se divide ao meio. O presidente é deposto e o Congresso é tomado pelo povo. Forma-se um Governo de Salvação Nacional. O principal líder do movimento, Lúcio Gutiérrez, não integra o governo.
    20 de março – Antonio Ferreira, do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, e Mariúcha Fontana, do Opinião Socialista, viajam para Quito para acompanhar os atos de 21 de março, conhecer as organizações e levar a solidariedade do PSTU.
    21 de abril – Um cenário de guerra é armado por FHC e ACM nos 500 Anos do Descobrimento, em Porto Seguro (BA). Indígenas, estudantes e trabalhadores protestam contra os 500 anos de colonização e de massacres. Várias pessoas ficam feridas e muitas são presas, entre elas, José Maria de Almeida, do PSTU.
    20 a 24 de abril – A Juventude do PSTU participa do Encontro Internacional convocado pelos estudantes da Universidade Nacional Autônoma do México.
    23 de junho – Sai o primeiro número da revista Marxismo Vivo, do Comitê Coordenador pela Construção de um Partido Operário Internacional (Koorkom), organização da qual fazia parte a LIT-QI.
    20 de julho – O PSTU, por intermédio do deputado Lindberg Farias e de Ernesto Gradella, entra na Câmara dos Deputados com um pedido de impeachment de Fernando Henrique por improbidade administrativa. O partido tomou essa iniciativa em resposta aos escândalos em torno das relações do alto escalão do Palácio do Planalto em obras fraudulentas do TRT-SP e com o juiz Nicolau dos Santos Neto, o Lalau.
    22 e 23 de agosto – Em Seminário em Caraguatatuba (SP), sindicalistas de 12 países formam a Rede Internacional de Solidariedade.
    2 a 7 de setembro – Realizado o Plebiscito Nacional da Dívida Externa, organizado por pastorais da Igreja, MST, partidos e sindicatos. A população foi convidada a responder a três perguntas na base do sim ou não: sobre o pagamento da dívida externa, da dívida interna e o acordo com o FMI. Cinco milhões de pessoas disseram NÃO a todas as perguntas. O PSTU participou ativamente, armando bancas para recolher assinaturas.
    6 de outubro – Gildo Rocha, militante do PSTU e diretor do Sindicato dos Servidores do Distrito Federal, é assassinado com um tiro pelas costas pela polícia do governador Joaquim Roriz, em uma atividade de greve. Os responsáveis estão impunes.

     

  • 2001
  • 7 e 8 de abril – A LIT e do PSTU participam de ato contra a Alca, em Buenos Aires.
    27 de agosto – 50 mil em Brasília, na Marcha contra a Corrupção e o Apagão.
    Dezembro – Mobilização de massas derruba o governo De La Rúa e abala o Estado burguês na Argentina. O PSTU inicia uma campanha financeira para fortalecer o partido da LIT no país, a Frente Obrera Socialista.

     

  • 2002
  • Janeiro – O II Fórum Social Mundial reúne mais de 50 mil pessoas em Porto Alegre. O PSTU e a LIT-QI participam com manifestações em solidariedade à Revolução argentina.
    Maio – Atos em todo o país lançam as candidaturas de Zé Maria a presidente e Dayse Oliveira para vice.
    Agosto – Manifesto faz um chamado para que os militantes socialistas de todo o país se agrupem em um novo partido. O PSTU participa ativamente desse movimento.
    1 a 7 de setembro – Dez milhões votam contra a Alca no Plebiscito organizado pelo MST, pastorais da Igreja e sindicatos. Lula e o PT são contra. O PSTU foi o único partido que chamou o plebiscito em seu programa eleitoral na TV e no rádio.
    Outubro – 400 mil votam em Zé Maria, em um programa de ruptura e em uma alternativa revolucionária ao país. O PSTU, no segundo turno, chama o voto em Lula, mas alerta que, sem ruptura com o FMI
    e a Alca, não haverá mudança.

     

  • 2003
  • Janeiro – No III Fórum Social Mundial, o PSTU e vários partidos da LIT participam do ciclo de debates “Um Mundo Socialista é Possível” e marcam presença nos atos, como o do dia 27, contra a Alca.
    15 de fevereiro – O Dia Internacional de Luta contra a Guerra é o maior protesto mundial da história.
    8 de abril – Dia Nacional de Luta contra a reforma da Previdência.
    Junho – Começa a greve dos servidores contra a reforma da Previdência de Lula.
    Agosto – Evento no Rio com 400 ativistas debate a necessidade de construção de um novo partido e lança manifesto.
    6 de agosto – Marcha dos servidores em Brasília, na votação da reforma da Previdência.
    Outubro – Uma revolução sacode a Bolívia após o anúncio da venda de gás. A insurreição derruba o presidente e coloca em pauta a tomada do poder.
    Dezembro – Lançada a revista Novo Partido em Debate. Heloisa Helena e os deputados Babá e Luciana Genro dividem o movimento.

     

  • 2004
  • Março – Encontro contra a reforma Sindical e Trabalhista reúne 1.800. Deste movimento, surge a Conlutas.
    Abril – O “Abril Vermelho” é a maior onda ocupações em 10 anos.
    29 e 30 de maio – Estudantes de todo o país se reúnem na UFRJ para organizar a luta contra a reforma Universitária de Lula e do FMI.

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