preciso intensificar as ações de solidariedade e realizar protestos em todo o país. O governo do PSDB deve pagar pelo seu crime!O massacre que aconteceu no Pinheirinho, neste domingo, dia 22, é de responsabilidade direta do governador Geraldo Alckmin. Toda a criminosa decisão foi tomada diretamente pelo governador do PSDB. A ação de despejo foi contra a orientação do Tribunal de Justiça Federal, que mandou suspender a desocupação, a Polícia Militar, cujo comandante em última instância é Geraldo Alckmin. Junto com a prefeitura do PSDB, Geraldo Alckmin colocou em curso um massacre a uma população de trabalhadores e crianças que ontem comemoravam felizes a decisão federal.

Em pleno domingo, por volta das 6h da manhã, a polícia invadiu o Pinheirinho com helicópteros, blindados, armas de fogo, bombas de gás e pimenta e, no mínimo, 2 mil homens vindos de 33 municípios. Até o momento, há informações de que existem pelo menos duas pessoas mortas e muitos feridos. Zé Carlos, presidente do Sindicato dos Condutores, foi baleado na cabeça com tiro de borracha. Toninho Ferreira, advogado do Pinheirinho, foi ferido com uma bala de borracha nas costas. Helicópteros borrifam gás pimenta sobre a população. Todo o entorno está cercado, e a passagem é proibida. Sinais de internet e telefone estão sendo cortados. Fora do Pinheirinho, a PM ronda o sindicato dos metalúrgicos, intimidando pessoas que chegam de todos os lados para se solidarizar.

A ação militar lembra a típica política dos tucanos que, diante de graves problemas sociais, envia suas tropas para massacrar o povo pobre e trabalhador. Foi assim em 1996, quando ocorreu o massacre de sem terras em Eldorado dos Carajás (PA). Na ocasião, 19 sem terra foram mortos pela polícia. Foi assim também no Massacre de Corumbiara, em 1995, quando pistoleiros (apoiados pela polícia) mataram 12 camponeses sem terra.

A velha política do PSDB se repete no Pinheirinho e agora o sangue escorre nas mãos de Geraldo Alckmin. O prefeito Eduardo Cury, também do PSDB, é responsável por sua negligência criminosa desde o início e recusa em negociar inclusive com o governo federal. A juíza Márcia Loureiro também é responsável, pois foi quem ordenou diretamente o massacre e manteve uma intransigência cruel
A arbitrariedade é tamanha que o senador da República, Eduardo Suplicy, o deputado Ivan Valente, o presidente do PSTU, Zé Maria, e sindicalista Luís Carlos Prates, o Mancha, sitiados, dentro de uma escola, impedidos de sair.

A operação é inquestionavelmente ilegal. Trata-se de uma verdadeira aberração jurídica. O judiciário federal já determinou que a operação fosse cancelada imediatamente, mas o judiciário estadual, aliado ao governo do Estado, insiste em manter o massacre. O comandante da PM que coordena a ação está acompanhado pelo juiz Rodrigo Capez, que o orientou a desobedecer a ordem federal, ou seja, o judiciário estadual acompanha pessoalmente a operação. Essa é uma clara demonstração de que o comandante segue apenas as instruções de Alckmin.

No momento em que o comandante recebeu notificação, o desembargador reconheceu que sabia da decisão do Tribunal Regional Federal, que reconhece o interesse da União no processo e, portanto, a reintegração não podia acontecer. No entanto, ele simplesmente bate pé e diz que não reconhece e não acata essa decisão. O judiciário estadual está tentando resolver em campo de guerra uma batalha que só poderia ser definida pelo Superior Tribunal de Justiça.

Neste momento, é fundamental que o governo federal da presidente Dilma se manifeste e faça valer as leis desse país. O governo federal precisa desapropriar o terreno do bandido Naji Nahas para que as famílias pobres do Pinheirinho possam continuar morando em suas casas. Fazemos um apelo a presidente Dilma Rousseff pra que intervenha no conflito e impeça que mais vidas sejam tiradas. O terreno tem de ser dos trabalhadores e não de um bandido, já mais de uma vez condenado por corrupção e lavagem de dinheiro.

Protestos em todo o país
Neste momento, os moradores do Pinheirinho precisam de apoio e solidariedade de todos e todas, sejam ativistas, personalidades, políticos, artistas e qualquer pessoa que seja contra chacinar uma comunidade para favorecer o mercado imobiliário e negociatas. Por isso vamos às ruas em todas as cidades do país para denunciar o massacre de Geraldo Alckmin. Vamos ocupar a praças e realizar protestos contra a ação criminosa do PSDB.

Em São Paulo, será realizado um protesto às 17h no MASP, av. Paulista. Nesta segunda-feira, dia 23, serão realizados