Em abril, Geraldo Alckmin (PSDB) realizou um jantar de adesão a sua campanha que demonstrou quem está por trás de seu projeto político. Vários grandes empresários compareceram ao evento, pagando “apenas” R$ 2.000 por cabeça.

O presidente do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), Cláudio Vaz, declarou apoio à candidatura do tucano e afirmou a um jornal de negócios: “Sinto que há uma aceitação e uma vontade majoritária de apoio ao Alckmin no meio do empresariado e na sociedade, em geral”.

A escolha de Alckmin como candidato do PSDB foi bem recebida por alguns dos principais empresários do país, como Antônio Ermírio de Moraes (grupo Votorantim) e Armando Monteiro (presidente da Confederação Nacional da Indústria).

Também houve reação positiva no mercado financeiro. Não é por menos. Durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, o PSDB ficou conhecido como o “Partido da Salvação Dos Banqueiros”, depois do Proer, medida que transferiu bilhões dos cofres públicos para salvar bancos em dificuldades financeiras. O capital estrangeiro também é bastante grato aos tucanos. Com as privatizações do governo FHC, várias multinacionais compraram empresas estatais, como a Vale do Rio Doce e a Telebrás, a preço de banana.

O agradecimento da burguesia ao PSDB foi generoso e deve repetir-se este ano. Dentre os principais financiadores da campanha de José Serra à Presidência em 2002, de acordo com o TSE, encontram-se os bancos Itaú (R$ 2,3 milhões) e Santander/Banespa (R$ 1,4 milhão), as empresas Votorantim (R$ 1,8 milhões) e a Companhia Siderúrgica Nacional (R$ 250 mil), entre outros empresários e banqueiros.

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