Reforma de Lula começou por São PauloNo dia 30 maio, Lula e os governadores entregaram juntos a reforma da Previdência ao Congresso. Esse ato foi uma divisão de tarefas: o governo federal acaba com a integralidade e a paridade, prepara o terreno para os fundos de pensão e privatiza a Previdência e os governadores atacam os servidores estaduais. Em São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) enviou para Assembléia Legislativa uma proposta de reforma da Previdência estadual que confisca os salários dos servidores.

A PLC 09/2003, aumenta em 5% o desconto para o IPESP (Instituto de Previdência), saltando dos atuais 6% para 11%, que somados ao 2% de desconto do IAMSP (Plano de Saúde) eleva o desconto dos professores para 13%. Esse desconto vale para todos os servidores estaduais.

Após muita negociata, a Assembléia Legislativa, no dia 16, aprovou o projeto por 61 votos contra 33.

Professores ocuparam a Assembléia

A semana que antecedeu a votação foi marcada por muita mobilização, em especial dos professores, que ocuparam o plenário da Assembléia no dia 10 e depois durante as audiências que ocorreram nos dias 11 e 12 de junho. Neste mesmo dia ocorreu a marcha à Brasília contra a reforma e também mais de 20 ônibus saíram de São Paulo para participar do ato.

No dia 16 tinha assembléia em frente à ALESP. Desde às 12h muitas delegações iam chegando. Às 13h, chegou a marcha dos aposentados que vinha da Avenida Paulista.
A PM cercou o local. Na rampa de acesso, três cordões impediam o acesso dos professores (as) e no estacionamento via-se a tropa de choque. Apesar da repressão, mais de 300 entraram nas galerias, gritando: “ladrões”. Mas os deputados aprovaram o confisco salarial.

Luta vai continuar

Apesar dessa derrota parcial, os professores(as) não desanimaram e aprovaram um calendário de mobilização contra o confisco de Alckmin e a reforma da Previdência de Lula. Derrotar a reforma é um importante passo para reverter o confisco e barrar os demais ataques, como o fim da aposentadoria especial.

Como parte da mobilização, a APEOESP confeccionará cartazes com a cara dos deputados estaduais que votaram com o governador e de deputados federais que votarem na reforma. Vai também abrir o processo de desfiliação de deputados federais pró-reforma que são sócios do sindicato, começando pelo deputado Prof. Luizinho (PT).


CALENDÁRIO DE LUTA

  • 07 de julho – Reunião de representantes de escolas
  • 08 de julho – Atividades em apoio à greve dos servidores federias
  • 15 de agosto – Assembléia Estadual com paralisação
  • 19 de agosto – Dia Nacional de Luta, com paralisação, convocado pela CNTE

    Post author Gegê,
    de São Paulo (SP)
    Publication Date